A sucessão de Itamar Franco pode ser polarizada de duas formas diferentes porque existem dois tipos de esquerda. Uma é a esquerda que se preocupa com a redistribuição entre capital e trabalho, entre lucro e salário. Com essa, se houver polarização, não será muita, porque uma grande quantidade de empresários já percebe que, hoje, uma maneira de ter lucro é com uma redistribuição dentro do sistema, entre lucro e salário.
E há uma outra esquerda, que pensa em fazer uma revolução nas prioridades nacionais. Essa sabe que a solução dos problemas das grandes massas brasileiras não virá, nem apenas, nem sobretudo, pelo aumento de salários. Porque aí só cabem 20 milhões dos 70 milhões de trabalhadores, ou pessoas em idade de trabalhar, do Brasil. A distribuição real não é de renda, é de benefícios, é distribuição do acesso à modernidade. Luto para que a polarização seja não apenas entre capital e trabalho, salário e lucro, mas também entre concepções de país.
A retomada do desenvolvimento não levará o Brasil a um bom caminho, se não soubermos de que tipo deve ser. Desenvolvimento o país já teve durante os vinte anos de governo militar, teve até um milagre. 0 que está em jogo é qual o desenvolvimento e não como desenvolver. Os tecnocratas querem retomá-lo. Nós queremos redefinir o tipo de desenvolvimento. O PT não é o partido para retomar o desenvolvimento, o PT reorientar o desenvolvimento brasileiro. Hoje, a pergunta a ser feita no Brasil não é como crescer, mas sim para onde crescer.
Devemos trabalhar com a idéia da revolução nas prioridades, a partir de uma concepção que, na falta de outro nome, podemos chamar de modernidade ética, em contraposição à modernidade técnica, à qual ainda estava preso o programa dos 13 pontos de 1989.
Seis pontos definiriam uma sociedade eticamente moderna: democracia, fim do apartheid social, equilíbrio ecológico, eficiência econômica - até mesmo para produzir o supérfluo -, descentralização das atividades sociais no país e caminhar para uma abertura em relação ao exterior, sobretudo no plano cultural.
Um desses seis pontos, o fim do apartheid social, eu divido em seis objetivos que deveríamos cumprir, garantindo a todos os 150 milhões de brasileiros acesso a alimentação, educação básica, saúde-básica, transporte urbano compatível com o nível de salário e renda, uma justiça igual e a direito a ter um lugar onde construir sua casa sem dele ser expulso. E esse lugar deve ser limpo, o que significa saneamento, água potável e coleta de lixo.
Nosso plano deve ter cinco capítulos: "os próximos 20 anos", "os próximos 10 anos", "as nossas metas para 5 anos", "os primeiros 100 dias no governo", "as primeiras 100 horas no governo" e as primeiras medidas que o governo do PT tomará. Mas aí alguém fala que se dissermos tudo o que vamos fazer, perderemos a eleição. E no caso eu afirmo que é melhor perder. É melhor porque isso significa que o povo não quer as medidas que propomos; ou então pode até querer, mas está sendo manipulado, o que significa que não teremos força suficiente para implantá-las. O país pode esperar mais alguns anos para o PT chegar ao poder, mas não esperar que o PT chegue ao poder e não faça o que deve ser feito.
Temo que a elaboração do programa do Lula fique entre dois grupos, a meu ver perigosos. Um querendo saber apenas como desenvolver - caindo na tecnocracia, sem conseguir dar uma resposta melhor do que Delfim Neto daria. Outro grupo fica apenas com a idéia de que o PT vai executar velhas bandeiras: distribuir a renda - e não reorientar o produto -, melhorar o nível de vida dos trabalhadores e não de todo o povo.
A estabilidade monetária não pode se constituir na razão de ser do PT. Para isto não precisamos de Lula. Basta um ministro como aquele da Bolívia, que deixou muita gente morrer de fome e aí acabou a inflação. Trata-se de formular um projeto nacional onde uma das variáveis, um dos objetivos, seja a estabilidade monetária. E tecnicamente, para falar como economista, esta estabilidade não vai se fazer dentro do universo da moeda.
A inflação brasileira não é causada pela moeda, mas pela desestruturação social. Quando afirmarmos que a terra deve ser usada para alimentar, e subordinarmos a propriedade da terra a um projeto de Nação, no qual não haja fome, a inflação diminuirá porque haverá redução dos preços dos alimentos. Quando tivermos uma política econômica que não use tanto petróleo, importaremos menos e conseguiremos controlar os preços. Quando tivermos uma política que faça com que os juros não sejam apenas instrumento de enriquecimento dos bancos, mas sim de eficiência no consumo atual ou no consumo futuro, aí começa a diminuir a inflação. Quando o Estado brasileiro não gastar mais do que pode - e muitos grupos de esquerda não percebem este limite-, começaremos a controlar a inflação, que tem que ser vista como parte de um projeto global do destino nacional e não como um problema técnico da moeda.
Hoje as elites estão divididas porque não têm um projeto de Nação, hegemônico, que as unifique. Prestigiar os banqueiros ou os industriais? Que tipo de industriais? Os latifundiários ou os produtores agrícolas? Os produtores para o mercado interno ou externo? Eles estão perplexos. Nossas elites defendem ou não o apartheid social? Os brancos da África do Sul viveram uma situação parecida antes de 1950. Não sabiam o que fazer com os negros, até optarem pelo apartheid. A partir daí se uniram. As diferenças eram detalhes, estavam concentrados e unidos em relação ao apartheid. Hoje, os brancos da África do Sul estão novamente divididos, porque não sabem se defendem ou não o fim do apartheid. Prevalece até agora a parcela que parece mais lúcida do nosso ponto de vista, mas não sei se a mais lúcida do ponto de vista dos interesses dos brancos.
No Brasil, as elites vão continuar divididas porque se esgotou o seu projeto de modernidade para o país. Então, acredito que não preocupa como nos comportamos diante delas. Devemos nos preocupar, isto sim, em como nos comportar diante do povo brasileiro, com o futuro da Nação brasileira. Quando definirmos isto, não tenho dúvida de que alguns que estão na direita vão estar mais próximos de nós do que alguns dos mais próximos aliados que temos hoje, que não têm consciência do sacrifício que vão ter que fazer para construir um Brasil novo.
Aliás, o grande pacto deste país não passa por alianças de siglas, mas por alianças de projetos. Hoje há no Brasil três grupos. Um grupo que vamos chamar de elite empresarial: latifundiários, banqueiros, grandes empresários. Um outro grupo constituído pelos trabalhadores do setor moderno: metalúrgicos, professores universitários, médicos, funcionários de estatais. E um terceiro grupo, o dos excluídos.
O que percebemos no debate interno do PT, entre esquerda e direita, é que um grupo, preocupado com a governabilidade, quer uma aliança com um setor empresarial. Outro grupo, a chamada esquerda, quer avançar as conquistas dos trabalhadores do setor moderno. Proponho que pensemos de outro modo: O PT deve se transformar numa ponte entre os trabalhadores do setor moderno e os excluídos desse país (isso é mais do que uma aliança), convivendo, em conseqüência disso, com alguns setores empresariais. Não precisamos de uma aliança com eles. Com eles convivemos.
Por exemplo, uma ponte entre os trabalhadores do setor moderno e os excluídos é um programa de educação que garanta uma boa escola para todas as crianças deste país. Isso interessa aos trabalhadores do setor moderno, que não estão podendo pagar escola, e quando conseguem pagá-la, ela é de má-qualidade; e interessa aos excluídos, que nem escola têm. Se fizermos esta aliança, vamos conviver bem com alguns setores empresariais. Por exemplo, os produtores de videocassete e os de móveis vão ter interesse em vendê-los para as escolas. Então, uma série de setores empresariais não se alinham, convivem.
Por isso, acho mais correto definirmos a pauta que vai permitir a ponte entre os excluídos e os incluídos. Depois, quais são as convivências para isso. Há convivências impossíveis. Não vejo como conviver com latifundiário improdutivo, com banqueiros. Mas com os outros setores dá para ter uma ampla convivência. Quais são os partidos? Eles virão.
A discussão é se o discurso, as propostas, a pauta do PT devem ou não caminhar para algumas coisas que pessoas do PSDB, do PDT, do PCdoB, do PPS, do PCB, do PV e até do PMDB, PFL, têm a dizer. Devem ou não? Detemos a verdade? A verdade é apenas a defesa do salário? Ou a verdade é a defesa do projeto utópico? Então vamos ver o que os outros estão dizendo que possa nos interessar. Se, de fato, chegarmos à conclusão de que algumas coisas que eles dizem têm a ver com os interesses do povo, da Nação brasileira, tentaremos nos aproximar.
Do nosso ponto de vista, a questão é saber quais os pontos comuns - por exemplo - entre os projetos de Lula e Brizola. Se há pontos comuns, não vejo por que não brigarmos para que eles estejam juntos. É claro que política não se faz só com lógica, existe uma empatia (ou não) entre as pessoas que fazem política, especialmente entre os líderes, os candidatos. Pode estar tudo de acordo, e eles não se gostarem, terem mágoas do passado, e nenhum dos dois conseguir superar isto, daí não podemos esperar dez anos de psicanálise para cada um deles.
No caso do Brizola, não tenho a menor dúvida de que temos que aprender algumas coisas com ele. Ele tem uma tradição de dar prioridade ao social, ainda que de maneira equivocada e, às vezes, manipulada. O Brizola tem comprado brigas das quais o PT tem fugido, como a briga em relação ao monopólio da televisão no Brasil. Tem um discurso muito claro, o que não vemos em muitos dos nossos. Sobre a idéia de Nação, por exemplo, Brizola fala mais nisso do que muitos petistas. Às vezes, o discurso de muitos militantes do partido é o de integrar o país ao Primeiro Mundo. Se for isso, não vai dar para todos.
O Brasil não tem que se integrar ou não lá fora, de início. Primeiro, tem que integrar a sua população. Mas para integrar sua população nas condições mínimas de vida e de liberdade, devemos ou não nos integrar ao Primeiro Mundo? Eu diria que não. Hoje, a preocupação de integração com o Primeiro Mundo, para não perder a chamada terceira revolução científica e tecnológica, exigirá a exclusão de 70% da população.
O Primeiro Mundo não aceitará nem 30% dos brasileiros no seu nível de consumo, pois ultrapassada essa quota, aumentará o preço do petróleo, a sujeira dos mares, o buraco na camada de ozônio.
Isto significa que o Brasil ficará excluído do planeta? Não. Quando o Brasil descobrir como é que integra a sua população, dará uma lição à civilização atual, sobre como integrar os excluídos em nível planetário. E se o Brasil conseguir formular uma proposta de integração da sua população, não poderá ser cortando suas relações com o exterior.
Essas relações internacionais, no entanto, têm que estar subordinadas a objetivos nacionais, como acabar com a fome, garantir escolas a todas as crianças, saneamento, saúde sem que o doente tenha que enfrentar fila etc.
Temos que nos preocupar com a integração dos brasileiros com os brasileiros, e não em como integrar metade dos brasileiros com os europeus. É um equívoco essa preocupação de uma parte do PT, de se perderemos ou não a terceira revolução científica e tecnológica. Devemos querer saber se perderemos ou não a luta contra a fome, a luta por ter todas as crianças na escola, se perderemos ou não a luta contra o apartheid, dos países ricos contra os habitantes pobres dos países pobres, e o apartheid dentro da África do Sul e dentro do Brasil.
Vamos ter que proteger nacionalmente, do mesmo jeito que os Estados Unidos protegem. Eu nunca vi um norte-americano falar em privatizar a Nasa, em vendê-la aos japoneses. O sujeito que, no Congresso americano, propusesse vender a Nasa ao capital internacional, seria preso, iria para a cadeira elétrica. Mas, no Brasil, temos deputados que propõem privatizar a Telebrás.
Nenhum país do mundo se desenvolveu importando tecnologia livremente. A Coréia, que é o exemplo contemporâneo, citado pelos incompetentes ou mentirosos defensores da abertura, é um país fechado, que criou uma base tecnológica própria, em que nenhum carro chama-se Volkswagen, Ford, ou Chevrolet.
O fato de o Brasil ter saldo na balança comercial é um dado positivo e mostra uma dinâmica. O erro é que usa esse saldo para pagar a dívida, e não para importar algumas coisas de que precisamos, para investir e aumentar a capacidade dos centros de pesquisa brasileiros.
O que não podemos imaginar é que o futuro do país seja a exportação. O futuro do Brasil está dentro do Brasil. Mas não um Brasil fechado, que olha para dentro, sem deixar de flertar com o exterior. O problema do país é que ao invés de flertar com o exterior fazendo amor consigo próprio, faz um amor subordinado ao exterior. E nem ao menos flerta para dentro. É isso que está faltando: ter uma proposta para dentro, sem romper com o exterior.
Não podemos ter um projeto só dos excluídos, contra os trabalhadores do setor moderno, como até certo ponto foi o movimento negro na África do Sul, que não incorporou os trabalhadores brancos, nem tinha por quê. Por outro lado, incorporar só os trabalhadores do setor moderno, sem o povo, não está correto. Nosso problema é definir uma pauta de unidade entre os trabalhadores do setor moderno e as massas excluídas.
No Brasil, há contradições entre os interesses do setor moderno, sindicalizado, e as massas excluídas. Por exemplo: para manter o privilégio que eu tenho como professor universitário de me aposentar aos trinta anos de serviço, alguém tem que pagar. Em geral, quem paga são os excluídos, que deixam de receber recursos públicos para suas necessidades.
Às vezes, eu até gosto de dizer que os trabalhadores do setor moderno ficam encabulados com grande parte de suas lutas. Porque eles sabem que não são, como eram durante a ditadura, lutas a favor de todo o povo. Fazemos greve de ônibus, o povo sofre; fazemos greve de médico, o povo sofre; greve de diversos setores, o povo sofre. O papel do partido de esquerda é descobrir como unir essas duas categorias do povo brasileiro: os excluídos e os trabalhadores do setor moderno.
A ameaça de um golpe, como o desfechado no Chile há vinte anos, só pode ser afastada na medida que o PT tiver um projeto que consiga um grau razoável de hegemonia, como dizem os sociólogos, junto à população brasileira. Mas é muito medíocre um governo, numa crise como a brasileira, que se limite a evitar o golpe. Ele tem que ir mais longe, tem que fazer com que o governo que sucedê-lo continue comprometido com os mesmos princípios. Se Lula conseguir ter um projeto que se sintonize com a maioria da população, a direita não só não vai dar o golpe, como - aí vou dizer uma coisa que pode criar muita polêmica - vai comprar esse projeto.
E o momento é favorável para isto. Há pouco tempo, duas coisas impediam que um projeto das esquerdas tivesse algum grau de hegemonia junto à maioria da população. Primeiro, porque ele era imitativo do exterior, especialmente da visão, do socialismo do Leste Europeu, e isso acabou. Logo, podemos compor o nosso socialismo, a nossa proposta, a nossa visão de mundo, que não pode ser materialista, como defendíamos antes. Eu posso ser materialista, mas não o partido, numa população de religiosos, de umbandistas, de espiritualistas e católicos, como é a população brasileira.
Segundo, o mundo não está mais preocupado com a Guerra Fria. Até pouco tempo, fazer uma reforma agrária neste país ameaçava a segurança norte-americana, porque os americanos diziam: "reforma agrária é coisa de comunista" e "comunista é coisa de foguete com ogiva nuclear olhando para Washington". Ninguém está mais preocupado com isto. Não descarto que os norte-americanos sejam os próximos defensores da reforma agrária no Brasil.
A crise do atual modelo é tão forte que quase todos neste país estão querendo um novo Brasil. Exceto aqueles que tomam um avião na sexta-feira, ficam o fim-de-semana em Miami e voltam na segunda. Estes não têm que se preocupar com o Brasil. Agem mais ou menos como a elite da Velha República, cujos interesses estavam na Europa. Exceto estes, eu acho que todo mundo neste país está atrás de um projeto hegemônico. E possível termos um projeto hegemônico que incorpore as grandes massas no mínimo aos benefícios essenciais da modernidade, e que mantenha algum grau de privilégio de consumo aos trabalhadores do setor moderno e das elites.
O momento é favorável para redefinirmos o próprio conceito de igualdade, embora estejamos presos à idéia de igualdade como sendo igualdade de consumo: todo mundo ter acesso aos bens de consumo suntuosos. Assim, não vai dar para todo mundo. Se temos um compromisso com a democracia e com a liberdade, dá para tolerarmos a desigualdade de consumo dos bens supérfluos, em troca de que todo brasileiro tenha acesso ao mínimo básico.
Se socialismo é a desapropriação das fábricas pelos trabalhadores, no Brasil, quero que saibam, eu não sou socialista, porque seria um socialismo reacionário, de brancos, de ricos, de privilegiados. Distribuir as fábricas para os trabalhadores significa distribuí-las apenas para 20 milhões deles, excluindo os outros 50 milhões, que nem trabalhadores conseguem ser, ou nem conseguem trabalhar em fábricas ou no setor moderno.
Então, é preciso redefinir os objetivos. É possível até que a palavra socialismo se mantenha. Mas é possível que surja outra. Por que devemos nos manter presos a uma palavra comprometida com a civilização industrial? O socialismo é filho da revolução e da civilização industrial, que não dá valor à ecologia, que não é apenas exploradora, como também excludente.
O socialismo surgiu em nações que não eram excludentes, o socialismo não surgiu na África do Sul. Observamos um detalhe interessante: hoje ganha a opinião pública nos países árabes, não o socialismo, o fundamentalismo. Se eu fosse árabe, penso que não seria socialista, seria fundamentalista. Então, acho que devemos ter um fundamentalismo brasileiro: uma filosofia, uma ideologia, brasileira. Mas não xenofobia brasileira porque o Brasil é uma retrato da civilização do final do século.
Recentemente, li um artigo de um intelectual e militante egípcio, onde ele dizia que quando falava de Marx, em Marx, sobre Marx, era entendido por 1% da população. Então ele passou a falar num poeta do século VII, e todos os árabes e egípcios passaram a entendê-lo. E ele não descaracterizou seus ideais. Passou a falar a linguagem do povo. Isto, eu acho que, em parte, falta hoje ao PT; falar a linguagem do povo.
O PT não pode transigir com seus objetivos. São eles: compromisso radical com a democracia, compromisso radical com a incorporação de todos os brasileiros no mínimo essencial, para que não tenha fome, tenha escola, saúde, onde morar, uma justiça igualitária, para que possa pagar o transporte de sua casa ao trabalho. Se conseguirmos isso, o nome dessa nova utopia vai surgir. Como Nierere formulou uma para a Tanzânia, como Nasser formulou uma para o Egito, como Lenin formulou uma para a Rússia do seu tempo, nós formularemos a nossa.
Cristovam Buarque foi reitor da UNB, é pré-candidato ao governo do Distrito Federal e integra a Comissão de Programa de Governo.