Política

Agora, é um outro momento. Melhor ou pior, o tempo dirá.

Meio a festas, discursos e, desencontros municipais, estaduais ou nacional; meio a beijos e bofetadas, entre confraternizações, desavenças e trombadas, ou mesmo sorrisos cordiais e iras divinas - muitas vezes bipóctitas e outro tanto sinceras, o PT completou 15 anos em 1995.

Meio a festas, discursos e, desencontros municipais, estaduais ou nacional; meio a beijos e bofetadas, entre confraternizações, desavenças e trombadas, ou mesmo sorrisos cordiais e iras divinas - muitas vezes bipóctitas e outro tanto sinceras, o PT completou 15 anos em 1995.

De qualquer modo, os 15 anos funcionaram como um rito de passagem. Agora, é um outro momento. Melhor ou pior, o tempo dirá. São outros seus dilemas, suas encruzilhadas. Novas escolhas de conduta feitas como desdobramento do último Encontro Nacional são provas desses dilemas e encruzilhadas de que falamos. Por outro lado, a transversal da linguagem poética muitas vezes tem feito parte da prática apostólica ou profética - da política. Assim já prenunciava São João sobre Babilônia, a Grande - "mãe de todas as abominações". Metáforas, parábolas e outras figuras de linguagem têm acompanhado o tratamento das diversas contemporaneidades da História. Às vezes, ditadas pela lucidez. Outras pelo desatino - o que é quase a mesma coisa em certas circunstâncias.

De qualquer modo, foi essa transversal da linguagem poética a trilha escolhida por dois dirigentes petistas - Hamilton Pereira e Luiz Dulci - para tratarem desses 15 anos. Além desse traço comum de escolha de linguagem, ambos se identificam em outro ponto: Dulci teve seu nome cogitado internamente à articulação para disputara presidência do PT com José Dirceu, e Hamilton disputou-a efetivamente com Dirceu, na plenária do último encontro.

Quem viver, verá.
Quem ler, lerá. (A.F.)