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Manifesto do movimento Brasil: 500 anos de resistência indígena, negra e popular

Principal articulação de luta contra a versão oficial do “descobrimento” e da história dos 500 anos, o movimento Brasil: 500 anos de resistência indígena, negra e popular divulgou um manifesto no qual afirma fazer “uma leitura da nossa história a partir de um lugar bem definido – dos que sofreram e lutaram contra a espoliação colonial e a exploração de classe, dos condenados da terra, das periferias das cidades e da história oficial”.

Principal articulação de luta contra a versão oficial do “descobrimento” e da história dos 500 anos, o movimento Brasil: 500 anos de resistência indígena, negra e popular divulgou um manifesto no qual afirma fazer “uma leitura da nossa história a partir de um lugar bem definido – dos que sofreram e lutaram contra a espoliação colonial e a exploração de classe, dos condenados da terra, das periferias das cidades e da história oficial”.

Depois de lembrar que os povos indígenas vêm sofrendo um processo de extermínio ao longo de cinco séculos e que os povos africanos viveram neste país a afronta de um sistema de produção já condenado pela história, o documento fala dos setores populares, “protagonistas maiores da nossa recente luta contra a ditadura militar e contra a implantação entre nós do modelo neoliberal”.

Nosso movimento, afirma, “pretende celebrar sim, mas celebrar as vitórias conquistadas ao longo dos séculos, através das lutas coletivas, através das iniciativas populares, plenas de heróis anônimos, que nunca terão seus nomes inscritos nos livros de história; vamos celebrar sim, as vitórias que nos custaram tanto sangue e tantos mártires, tanto sofrimento e esperança nos corações de gente que nada tinha para lutar, senão sua fé num mundo menos desumano”.

Diz, ainda, que, “no marco destes 500 anos, vamos celebrar também o futuro”, pois somos “herdeiros de um passado de resistência e luta, trazemos a certeza de que, apesar de tantas desigualdades e injustiças que permanecem, construiremos uma sociedade livre e justa, marcada pela igualdade e pela fraternidade, sociedade sonhada que tanto buscamos e que tantos buscaram antes de nós”.