Cultura

Eventos culturais são os principais meios de lazer das sociedades, mas em grandes cidades como São Paulo não ocorrem de modo democrático

A negação histórica da existência de um povo palestino, necessária para afirmar o status da terra como res nullius, como uma terra sem povo destinada ao povo a que fora prometida, mantém-se constante até hoje e é acompanhada da vilificação daqueles que estão “do outro lado”, daqueles menos civilizados, dos radicais, dos amantes da morte

Eventos culturais para todos os gostos, mas não em todos os locais da cidade

Eventos culturais para todos os gostos, mas não em todos os locais da cidade. Foto: Governo do Estado de São Paulo

 

Entre 2007 e 2008 me debrucei em uma pesquisa com o propósito de contabilizar e espacializar os eventos culturais que ocorrem na cidade de São Paulo. Nesse período cataloguei, todas as sextas-feiras, os shows musicais, peças de teatros, filmes em cinemas e mostras específicas e exposições diversas. Para essa atividade, consultei o suplemento semanal de O Estado de S. Paulo, jornal de grande circulação que tem seus leitores principalmente nas classes A e B.

O resultado dessa pesquisa culminou em minha dissertação de mestrado em Geografia Humana, “A espacialização dos eventos culturais na cidade de São Paulo”. Muitos me perguntaram por que esse tema. Em primeiro lugar, sou um apaixonado por essa metrópole que tem uma forte identidade cultural, termo descrito por Mário J. Pires como “o conjunto de caracteres próprios e exclusivos de um corpo de conhecimentos, seus elementos individualizadores e identificadores; enfim, o conjunto de traços psicológicos, o modo de ser, de sentir e de agir de um grupo, que se reflete nas ações e na cultura material”.

Segundo o autor, a capital paulista não encontra uma definição dita correta para sua identidade cultural, “responsável pelo amor que seus cidadãos depositam em sua cidade e pelo consequente engajamento na tentativa de resolver os problemas que afetam toda a comunidade”. Deve-se atentar, porém, que toda essa diversidade de atrações que a cidade oferece, já elencadas, caracteriza-se pelo cosmopolitismo que São Paulo possui, isto é, um aglomerado de identidades, desde a verticalização (estudada em Maria Adélia Souza) até a miscigenação proporcionada pela migração de pessoas de diversos lugares, com diferentes costumes. “Com efeito, as atividades culturais ocupam um lugar privilegiado na construção de identidades coletivas, na medida em que se abrem a todos os cidadãos, congregando-os em referenciais comuns, trabalhando a relação entre o lugar e o universal”, escreve Eduardo Yázigi.

As diferenças culturais criadas em uma cidade como São Paulo facilitam a receptividade de pessoas externas a ela, pois as migrações anteriores (de nordestinos, italianos, japoneses, árabes, entre tantos outros) deixaram características na produção do espaço e no cotidiano – bairros com arquitetura típica, festas e costumes. São Paulo cresceu de uma maneira atípica em relação a outras cidades brasileiras. A vinda de pessoas de vários lugares trouxe um pouco da cultura de cada parte do mundo, seu desenvolvimento industrial (que garantiu dinheiro e infraestrutura à cidade) possibilitou o surgimento dessa metrópole que se apresenta. Metrópole essa que, graças ao capital acumulado e seu cosmopolitismo, desenvolveu uma atividade cultural muito diversificada para sua população.

Deve-se também ter a definição do que é lazer, que provavelmente não existe a contento de todas as áreas do saber – sociologia, antropologia, filosofia... Pode-se dizer que lazer é uma expressão do uso do tempo livre das pessoas, individualmente ou em grupo. Segundo Joffre Dumazedier, “o espaço de emergência de um grande número de práticas sociais, cada vez mais estereotipadas e variadas, cada vez mais sedutoras e ambíguas, que mesmo limitadas e determinadas, exercem crescente influência sobre o conjunto da vida cotidiana. Aqui se encontra a origem maior daquilo a que nos propomos chamar a revolução cultural de um tempo livre, em 90% constituído de atividade de lazer”.

Esse tempo livre vem de uma conquista recente – pouco mais de um século –, em que a jornada de trabalho foi reduzida consideravelmente. Para os trabalhadores brasileiros, caiu de 5 mil para 2.200 horas anuais, do começo do século 20 até os dias de hoje. Entre os do setor terciário (escritórios e bancos), mais ainda, cerca de 1.800 horas anuais, patamar atingido pelos operários europeus e americanos ao final da década de 1970, de acordo com Luis Camargo.

No início, esse tempo livre era utilizado em atividades recreativas com grande interferência de organizações como sindicatos e igrejas. Sua maior preocupação era manter a integridade dos operários para que pudessem voltar sãos ao trabalho na segunda-feira. O tempo livre também criou um dilema sobre seu uso, pois chegou-se a temer que as pessoas se tornariam egoístas em utilizar esse tempo somente para o próprio prazer, despreocupando-se do próximo, temor que acometeu principalmente a Igreja Católica.

O uso desse tempo livre que passamos a ter acabou por gerar desde momentos de relaxamento, espairecimento (como ler, ouvir música, conversar), até atividades como viagens, excursões e culturais (cinema, teatro, exposições, shows), movimentando milhões de dólares em todo o mundo. “A imprensa atual classifica o lazer como, antes de tudo, uma nova fonte de empregos”, aponta Dumazedier.

Grandes centros urbanos, como Nova York, São Paulo, Las Vegas, Londres, Paris, entre outros, destacam-se pela variedade em cartaz de peças, filmes, musicais, exposições. Esses eventos, em geral de grande porte, pois essas cidades os comportam, acabam sendo as principais opções de lazer e, muitas vezes, exclusivos, atraindo espectadores de outras localidades.

No entanto, vive-se um momento contraditório. O número de horas de trabalho se reduziu drasticamente, mas a impressão é de que nunca se trabalhou tanto. O enorme fluxo de informações, mercados globalizados e a difusão do meio técnico-científico-informacional fizeram com que a economia mundial, e consequentemente o trabalho, passasse a ocupar as 24 horas por dia.

Com a popularização da telefonia celular e da internet, um profissional pode receber orientações ou convocações numa tarde de domingo, por exemplo. Por mais que o horário comercial tenha sido reduzido nos dias úteis, as obrigações profissionais podem ocorrer a qualquer dia e horário. A alta competitividade leva as pessoas a se qualificar cada vez mais, com cursos de especialização após a graduação e também aos sábados, concorrendo com as horas da convivência em família e/ou de lazer.

Assim, apesar de não ter todo o tempo preenchido pelo trabalho, não se tem o tempo livre destinado ao lazer, atualmente. Em contrapartida, tantas novas obrigações aumentam o nível de estresse nas pessoas, tornando imperiosa a busca por opções de lazer.

Assim, as atividades e manifestações artísticas – denominadas muitas vezes somente de cultura, pelo senso comum –, tanto no lazer como na relação intelectual/profissional, acabam convertidas em produtos, principalmente nas sociedades urbanas, adquirindo importante peso na economia. De acordo com Paul Tolila, “pensar a economia do setor cultural é uma arma para a cultura. Uma arma de que o setor cultural deve se apossar para melhorar sua própria visão das coisas, defender suas escolhas e sua existência, participar de maneira ativa do seu desenvolvimento futuro”.

Segundo Adam Smith e David Ricardo, os ganhos nas artes contemplam apenas ao lazer e não contribuem para a riqueza das nações. Marx questionou as teorias de ambos em todo o segundo volume de O Capital, no qual tece teorias sobre a mais-valia. Escrito no século 19, o livro corrobora até hoje no tocante a venda e lucro referentes à força de trabalho. Cada vez mais, temos a produção cultural e os serviços como importantes setores da economia dos países. Arte, entretenimento e turismo (principalmente o histórico e o urbano) têm na cultura seu atrativo, gerando captação de recursos, gastos por consumidores desses produtos. Com isso, o setor cultural acaba por entrar no processo de produção, defendido por Marx, não como processo acabado de um bem material, mas um produto – serviço – tipicamente capitalista, no qual há emprego de mão e obra, lucro e salário (obviamente, com a mais-valia).

A concepção de que cultura transformou-se em produto é ratificada por David Harvey, ao classificá-la como commodity, agregando uma renda monopolista. “Os atores sociais podem aumentar seu fluxo de renda por muito tempo, em virtude do controle exclusivo sobre algum item, direta ou indiretamente comercializável, o que é, em alguns aspectos, crucial, único e irreplicável”, afirma o autor.

A cultura como commodity passa a ser, assim, um ramo da economia muito promissor. Os eventos culturais tornaram-se um dos principais meios de lazer das sociedades cada vez mais urbanizadas e escolarizadas. E em grandes cidades como São Paulo não ocorrem de modo democrático, dada sua multicentralidade. Como aponta Isaura Botelho, “é uma cidade desequilibrada, onde há uma baixa correspondência entre crescimento urbano e a distribuição dos equipamentos culturais. (...) A vida cultural da população não é feita pelas práticas legitimadas, aquelas com as quais se preocupam os gestores culturais que administram os equipamentos da cidade (...), mas sim pelo recurso a equipamentos e produtos da indústria cultural, sobretudo eletrônicos”.

De acordo com a pesquisa “Perfil socioeconômico e cultural dos paulistanos”, a distribuição da oferta dos eventos culturais divulgados no guia de O Estado de S. Paulo se concentra, basicamente, nos bairros do entorno dessas centralidades. Como bem registrado por Isaura Botelho e pela pesquisa Datafolha, a população residente nos bairros periféricos, muitas vezes por falta de opção, fica em casa assistindo à televisão ou ouvindo música. A acessibilidade aos programas culturais de lazer é condicionada em grande parte ao preço das atrações e à distância geográfica.

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto Datafolha, entre fevereiro e julho de 2008, divulgada sob forma de livro, DNA Paulista, traçou o perfil da população paulistana em vários aspectos quanto a suas impressões da cidade. Nesse período foram entrevistadas 28.389 pessoas com 16 anos ou mais, residentes nas localidades avaliadas. Os resultados obtidos em cada um dos 96 distritos da cidade foram agrupados em oito regiões: norte, noroeste, oeste, centro, leste, extremo leste, sul e extremo sul.

Analisando a frequência de atividade de lazer, abordada na pesquisa, notei que os moradores que mais frequentam programas culturais são os da região oeste (cinema, teatro, shows/espetáculos, bares, restaurantes, viagens no fim de semana, clubes/academias de ginástica, jogos/eventos/competições esportivas e shopping centers), seguidos pelos moradores do centro (restaurantes, parques públicos e jardins) e da região sul (danceterias ou boates e viagens em fins de semana). Os moradores das regiões extremo leste e extremo sul são os que menos fazem programas culturais. A maioria frequenta esses eventos uma vez por ano, ou menos. Curioso notar que atividades como academias de ginástica, jogos e competições e passeios no shopping são consideradas de lazer pelos pesquisados.

Dados importantes dessa pesquisa se referem ao grau de escolaridade e renda dos paulistanos. Ao cruzar essas informações, pode-se deduzir que esses fatores desencadeiam o atual quadro, pois um depende de outro: quanto mais escolarizada uma pessoa é, mais crítica e exigente deverá ser, em tese, e terá maiores condições de obter uma melhor colocação profissional e bons rendimentos. Também tenderá a procurar bairros com melhores opções de infraestrutura e serviços para morar, diferentemente da que teve menos oportunidades de estudo, com baixo salário, obrigada a morar nos bairros periféricos da cidade, mais distantes de serviços e opções de lazer.

Diante do exposto, observa-se que a região oeste de São Paulo – onde se concentra, de acordo com a pesquisa, o maior número de pessoas que praticam alguma opção de lazer cultural – tem os moradores com maior escolaridade (38% com nível superior) e maior rendimento (8% ganham entre vinte e cinquenta salários mínimos e 2% mais de cinquenta, representando 14% dos moradores da classe A). O oposto é observado no extremo sul da cidade, em que a maior parte da população (37%) ganha até dois salários mínimos, assim como o maior número de pessoas com apenas o ensino fundamental concluído (47%).

Observando o mapa “Espacialização dos eventos culturais na cidade de São Paulo”, notamos que a maior concentração dos eventos culturais está nas regiões central, oeste e sul. O centro se justifica pela formação histórica da cidade e por agregar principalmente estabelecimentos mais antigos, como alguns teatros, antes de surgirem novas centralidades. Nas regiões oeste e sul, que abrigam a população de maior renda, a concentração desses estabelecimentos atende à demanda e tem o perfil costumeiro de consumo desses produtos.

A cidade de São Paulo e seus locais de eventos culturais

Essa visão comercial renega uma potencial demanda existente nas regiões mais periféricas. Segundo o site Folha Online, consultado no dia 23 de dezembro de 2008, tanto a pesquisa “DNA paulistano”, realizada pelo DataFolha, como pesquisa realizada da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que em Itaquera, distrito do extremo leste da cidade, o lazer da população basicamente se resume a ouvir música e ver televisão. Revela ainda que 76% dos jovens divertem-se dentro de casa, mas gostariam de sair mais, principalmente para shows musicais. Itaquera possui 34% da população com renda até dois salários mínimos, mas mesmo assim há, segundo o site, 4% que se disporia a pagar mais de R$ 100 para assistir a um show de seu cantor favorito, se ocorresse no bairro ou muito próximo a ele.

Isso não quer dizer que não há opções de lazer na periferia. Esta apenas não foi priorizada, pois a fonte de pesquisa utilizada, o guia de O Estado de S. Paulo, não é direcionada a esse público, assim como constatei que não existe uma fonte impressa ou digital que abarque todos os eventos e em todas as regiões da cidade. Por esse motivo, na bibliografia consultada, não foi possível encontrar uma definição específica de “evento cultural”. Nas leituras realizadas aparecia de forma corriqueira, entendido como senso comum de um conjunto de atividades relacionadas à prática ou hábito de assistir a peça de teatro, filme no cinema, show musical – independentemente do gênero – e contemplar expressões artísticas como pintura e escultura.

O uso de uma fonte como o guia do Estadão criou uma espacialização direcionada a dois interesses. O primeiro é das pessoas de classe média e média alta, que, além do interesse, dispõem de recursos financeiros em seu orçamento para usufruir dos eventos culturais. Em segundo, os turistas, que em visita à cidade podem aproveitar a intensa vida cultural ou mesmo vir a São Paulo por essa razão.
Novamente, retoma-se a discussão de haver, por certo, outros eventos culturais na cidade, só não contemplados pela fonte referida porque não têm relevância para o perfil socioeconômico do usuário da fonte (jornal), assim como para os turistas.

A rica e diversa vida cultural confirma o cosmopolitismo da cidade e a demanda existente. O paulistano mostra-se um grande consumidor cultural, justificando o farto número de salas de teatros, cinemas, museus e locais para realização de shows musicais. Nota-se também que o consumo de entretenimento caracteriza-se sobretudo nos gêneros mais populares – música pop, rock, MPB, cinema comercial. Isso vai ao encontro de pesquisas internacionais em diversos países.

Há uma demanda para a arte erudita e uma territorialidade muito restrita desse segmento, basicamente o Teatro Municipal, no centro, a Sala São Paulo, em área central, porém com seu entorno muito degradado, e o Auditório do Parque do Ibirapuera.

Pode-se concluir que a arte erudita apresenta uma característica elitista, provocada, principalmente, pela falta de informação da população. Reflexo da pouca instrução recebida na vida escolar e de poucas oportunidades de acesso a esse tipo de arte. Nesse caso, acesso significa criação do hábito, transmitido pela família e pelo círculo de convivência. A maioria da população apresenta uma característica passiva como receptora de informação, tendo a televisão como principal fonte. Esse meio de comunicação vive da audiência para justificar seus ganhos publicitários, e mais do que nunca as expressões artísticas efêmeras ganham maior espaço na mídia, tornando ainda menor o interesse em investir na disseminação cultural agregadora em longo prazo.

Com referência à espacialização dos eventos culturais, percebe-se a concentração deles nos bairros de maior poder aquisitivo, como já dito, justamente pela lógica de neles existir a demanda com potencial de consumo, nesse caso de usufruí-los. Nota-se que a territorialidade do mapa turístico oficial de São Paulo está contida na área do mapa dos eventos culturais elaborado para esse trabalho. Isso significa que o próprio poder público trabalha com uma espacialização delimitada da cidade.

E é nessa área que a cidade de São Paulo dos eventos culturais acontece. Rica diversidade torna-se um fator econômico importante e um atrativo turístico. Também por sua escala, a metrópole apresenta condições de organizar eventos de grande porte que cidades, estados e até países vizinhos não comportam, atraindo milhares de pessoas de outras localidades, que usufruem de uma rede de equipamentos – hotéis, lojas, restaurantes, livrarias, transporte –, fomentando a economia local e colaborando na geração de empregos e arrecadação de impostos.

Evidentemente, nem todas as áreas da cidade são turísticas e autossuficientes na infraestrutura. Não há a necessidade de existir um cinema, um teatro ou casa de shows em cada bairro. Existe uma hierarquia de serviços, como em qualquer cidade. A raridade de certos equipamentos se justifica pela produção histórica e territorial do município. A infraestrutura de serviços, principalmente de transporte, deveria satisfazer a população para deslocamento entre bairros. Infelizmente, o sistema viário e o transporte público são problemas estruturais graves em São Paulo, o que faz com que pessoas percam horas desnecessárias no trânsito, gerando prejuízos econômicos e na qualidade de vida.

Devemos ter como premissa a questão da qualidade das cidades para seus habitantes em primeiro lugar, pois só assim se cria uma excelência em serviços que poderá, como consequência, atrair turistas. A questão dos deslocamentos é uma das maiores críticas da população local e em pesquisas aferidas com turistas, por órgãos como a SPTuris, se mostrou como grave defeito para os visitantes.

Para finalizar, espera-se que este estudo contribua para a confirmação de que os eventos culturais se apresentam como mais uma e forte identidade de São Paulo, promovendo o enriquecimento intelectual da população, assim como no lazer, melhorando a qualidade de vida. Essa identidade é não só reconhecida como também um atrativo turístico que dinamiza uma rede de serviços, com grande importância econômica.

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Paulo Roberto Andrade de Moraes é mestre em Geografia Humana pelo Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo