Política

O acervo de Leuenroth teve enorme impacto na produção historiográfica sobre os movimentos anarquistas e trabalhadores e trabalhadoras em geral, que viveram no Brasil nas primeiras décadas do século passado

Edgard Leuenroth, que completaria 140 anos no dia 31 de outubro, é reconhecido por contemporâneos e estudiosos como um dos principais anarquistas brasileiros do período da Primeira República. Tendo atuado como tipógrafo e jornalista, foi criador, diretor e/ou redator em dezenas de jornais libertários, anticlericais, operários e populares.

É também respeitado por sua dedicação ao registro e à guarda dessas histórias. Na condição de jornalista, tomou para si a responsabilidade de escrever, reunir, preservar e, muitas vezes, esconder vasta documentação acumulada ao longo de sua vida militante, garantindo que as gerações atuais e futuras pudessem aprofundar os estudos e o conhecimento sobre a história dos trabalhadores e trabalhadoras que viveram no Brasil no início do século 20 – num contexto de superexploração do trabalho e ausência de direitos trabalhistas – com suas organizações, sua cultura e suas experiências de luta e de vida.

Para saber mais sobre os tesouros do acervo de Leuenroth é imprescindível a leitura do artigo “Edgard Leuenroth: Uma vida e um arquivo libertário”, da professora Yara Aun Khoury (PUC-SP).

Edgard nasceu no dia 31 de outubro de 1881 em Mogi-Mirim, no estado de São Paulo, filho do médico-farmacêutico Waldemar Eugênio Leuenroth e de Amélia de Oliveira Brito, e irmão do também tipógrafo e sindicalista João Leuenroth. Sua família era de imigrantes de língua alemã, originários do Alto Adige (Tirol do Sul, na época parte do Império Austro-Húngaro).

Perdeu o pai muito cedo, com apenas cinco anos de idade, mudando-se em consequência disso para o bairro do Brás, na cidade de São Paulo, com a mãe e os irmãos.

Em São Paulo, a família passou por grandes dificuldades financeiras, o que fez com que Leuenroth deixasse a escola aos dez anos de idade para trabalhar, sem nem mesmo completar o ensino primário. Começou como menino de recados, depois auxiliar de limpeza e vendedor ambulante (caixeiro-viajante) até ser contratado como tipógrafo nas Oficinas da Companhia Industrial.

Em 1897 foi para o jornal O Commercio de São Paulo, no qual se manteve como tipógrafo por 12 anos. Nesse mesmo ano, encontrou uns tipos e um clichê no lixo e editou, nos fundos de um cortiço, seu primeiro periódico quinzenal de crítica literária, denominado O Boi, que durou apenas um ano. Esse periódico deu origem, em 1899, à Folha do Brás, que defendia os direitos dos moradores daquele bairro. Colaborou com esse jornal e com o jornal O Alfa, de Rio Claro, até 1901. Neles publicava poemas, enigmas, charadas, croniquetas e histórias e reportagens que cobriam e alimentavam o cotidiano das comunidades.

Em 1904, foi colaborador e um dos fundadores do jornal O Trabalhador Gráfico, da União dos Trabalhadores Gráficos; em 1905 mudou-se para o Rio de Janeiro e trabalhou como tipógrafo nos jornais Imprensa e Portugal. 

Morando no Rio, continuou seu trabalho, fundou e foi editor, ainda em 1905, do periódico libertário A Terra Livre, com o anarco-sindicalista Neno Vasco, que teve grande importância na vida de Edgard Leuenroth, ajudando-o a melhorar seus conhecimentos da língua portuguesa e orientando seus estudos sobre as diferentes correntes do movimento anarquista.

Edgard foi redator no jornal A Lucta Operária, em 1906, órgão da Federação Operária de São Paulo. Em 1908 fundou e dirigiu o periódico A Folha do Povo até 1909, quando passou a dirigir o jornal libertário e anticlerical A Lanterna, fundado em 1901. Ali desenvolveu campanhas pela criação de escolas racionalistas, que contribuíram para a criação da Escola Nova e da Escola Moderna, nos anos 1910. Em 1911, criou a coluna “Vida Operária” na qual escrevia sobre questões de interesse dos trabalhadores e apontava sempre para a necessidade de se libertarem do domínio da Igreja que estimulava comportamentos subalternos que impediam sua emancipação.

Em 1912, denunciou um caso de crimes sexuais gravíssimos cometidos por um padre. No mesmo ano foi preso durante as manifestações organizadas por anarquistas contra a Igreja Católica. Sua defesa e rápida libertação deveu-se à atuação de Evaristo de Morais, escritor e um dos grandes advogados de defesa da causa operária nos tribunais daquele tempo.

O jornal A Guerra Social foi fundado por Leurenroth em 1913. A partir de 1915, passou a colaborar como redator no jornal O Combate e na redação de A Capital, além de ser o redator-secretário da revista Eclética. Foi redator também do jornal sindicalista libertário A Vanguarda, lançado em 1919.

Em 1917, fundou o jornal A Plebe, que circulou entre 1917 e 1951, com interrupção nos anos 1930, retomando em 1947. Esse foi um dos mais importantes jornais anarquistas e anticlericais publicados no Brasil. Com ampla tiragem, tornou-se diário em 1919. Sua edição de 21 de julho de 1917 é particularmente especial porque traz a memória da greve e faz uso da fotografia para registrá-la e comprovar a grande adesão dos trabalhadores. Leuenroth foi julgado e condenado como um dos articuladores da greve geral de 1917.

A greve de 1917 teve início nas fábricas do setor têxtil na cidade de São Paulo em 29 de junho e se estendeu até o final de julho. Os operários e as operárias da indústria têxtil Cotonifício Crespi, com sede na Mooca entraram em greve, sendo acompanhados por outras fábricas e bairros operários. Após três dias, estima-se que 70 mil trabalhadores tenham aderido. Hoje, há vasta bibliografia sobre a Greve de 1917 tendo como fonte ou referência para os estudos o acervo de Leuenroth, atualmente sob a custódia da Unicamp.

Edgard Leuenroth aderiu ao anarquismo em 1904 pelas mãos do poeta Ricardo Gonçalves, um ano depois que começou a frequentar as reuniões do Círculo Socialista. Foi delegado em muitos Congressos Operários, com destaque para a sua participação no Primeiro Congresso Operário Brasileiro, em 1906, que tinha como principal reivindicação a jornada de trabalho de oito horas. Enquanto gráfico e jornalista, foi membro de sindicato, da Federação Operária de São Paulo (Fosp) e de outras associações, participando, organizando e cobrindo greves, comícios e conferências.

Como operário tipógrafo foi também fundador de diversas entidades vinculadas à imprensa, entre estas o Centro Typográphico de São Paulo, que posteriormente passou a se chamar União dos Trabalhadores Gráficos e, mais tarde, Sindicato dos Gráficos. É dessa entidade o jornal O Trabalhador Gráfico, anteriormente citado, do qual foi um dos fundadores.

A Revolução Russa de 1917 teve grande impacto nas organizações políticas e sindicais brasileiras, e Edgard Leuenroth, depois de seu apoio inicial, passou a fazer duras críticas aos bolcheviques através de A Plebe, continuando até o final da vida partidário do anarquismo.

Em 1947, Leuenroth apresentou extensa pesquisa sobre a imprensa no estado de São Paulo ao Departamento Estadual de Informações, sob o pseudônimo Frederico Brito. Em 1953, no 5º Congresso Nacional de Jornalistas, foi nomeado presidente da Comissão de História da Imprensa. Com 77 anos de idade, colaborou na organização da exposição nacional do Primeiro Centenário da Imprensa de Campinas.

Participou do Encontro Libertário ocorrido no Rio de Janeiro e assumiu a direção do jornal Ação Libertária, em 1958, em virtude do falecimento de seu amigo José Oiticica, passando o periódico a ser impresso em São Paulo. Ao mesmo tempo, colaborou com o jornal Ação Direta.

Nos últimos anos de sua vida, trabalhou como arquivista na sede paulista da Standard Propaganda, pertencente ao seu irmão mais novo, Eugênio Leuenroth, e a seu sobrinho Cícero Leuenroth. Faleceu em 1968, aos 87 anos.

Os arquivos de Edgard Leuenroth e a inauguração do arquivo da Unicamp

O artigo “Resgate de arquivos: o caso Edgard Leuenroth”, publicado em 2012 pela professora Walnice Nogueira Galvão (USP) na Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, da Universidade de São Paulo, cujo trecho reproduzido a seguir tem a intenção de estimular a leitura de seu texto integral, recupera de maneira precisa e envolvente como se deu a mobilização de alguns importantes intelectuais brasileiros para viabilizar a aquisição do arquivo de Leuenroth, que preservava a memória do período de formação do proletariado no Brasil:

“... Sem dúvida, uma das mais importantes missões culturais em que se possa pensar é a de resgatar bibliotecas e papéis ameaçados de destruição. E não só por causas aleatórias ou catástrofes naturais; mas, especialmente, durante a vigência de regimes totalitários, marcados pelo obscurantismo tanto quanto pela perseguição ao pensamento e às coisas do espírito. No pós-64, o salvamento dos arquivos de intelectuais de esquerda visados pela ditadura tornou-se tarefa de primeira urgência. (...)

Vamos aqui rememorar as circunstâncias em que os papéis do ilustre anarquista foram parar na Unicamp. Sabemos o quanto foi decisiva a iniciativa dos professores da casa Michael M. Hall e Paulo Sérgio Pinheiro, com o apoio de Manoel Tosta Berlinck, a partir de uma ideia de constituição de arquivo pregada por Fausto Castilho. Esses nomes ficariam perpetuamente ligados ao feito, empenhando-se junto ao reitor Zeferino Vaz, que encampou a causa. 

Mais tarde, Marco Aurélio Garcia, regressando do exterior, dirigiria por muitos anos o Arquivo Edgar Leuenroth, de que foi propriamente o consolidador enquanto responsável pelo maior projeto apresentado à Fapesp, destinado à sua organização. Ficaria célebre sua máxima quando consultado se valia ou não a pena integrar mais uma doação: “O céu é o limite.”

(...) Quando familiares de Leuenroth, na pessoa de seu filho Germinal, entraram em contato com Azis Simão para consultá-lo sobre o salvamento, este procurou Antonio Candido para associá-lo ao projeto. 

Leuenroth morrera em 1968, justamente o ano do AI-5, que fecharia o regime e instituiria o terror de Estado. Seu espólio, depositado num galpão no Brás e conhecido de Michael M. Hall e Paulo Sérgio Pinheiro corria, portanto, perigo, e toda a operação de resgate seria feita na clandestinidade, durante o mais repressivo período sob o poder das fardas, o governo Médici.

A preocupação era tanta que se temia a possibilidade de um atentado a bomba contra o galpão. Assim que chegou à Unicamp o riquíssimo material – o mais importante do país – trataram de microfilmar tudo, guardando uma cópia nos cofres do Citibank e depositando outra no mencionado Instituto em Amsterdam...”

Azis Simão e Antonio Candido, patronos da proeza e autores do parecer que acompanhou o Projeto de Aquisição pela Unicamp, manifestaram-se em texto admirável nos circunlóquios impostos pela necessidade de armar uma cortina de fumaça. Tanto que o dono do arquivo é mencionado como “humanista” e não como anarquista, o interesse de seus papéis é atribuído a uma generalidade histórica e jamais é mencionada a classe operária ou a formação do proletariado. Assim reza o ofício dirigido ao diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Manoel Tosta Berlinck, membro da conspiração e disposto a Ajudar...” (GALVÃO, Walnice Nogueira (2012). “Resgate de arquivos: o caso Edgard Leuenroth”. In: Revista Instituto de Estudos Brasileiros, 54).

O Arquivo Edgard Leurenoth (AEL), vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp, fundado em 1974, conforme sua página eletrônica passou a ter o maior acervo em História Social do país em meados dos anos 2010, com mais de 120 conjuntos documentais, 13 mil títulos de periódicos, 25 mil livros, 12 mil rolos de microfilmes, 60 mil fotografias e aproximadamente 2.900 metros lineares de documentação, entre outros suportes, com a seguinte linha de acervos e coleções que documentam o Brasil republicano e a ditadura civil militar de 1964:

  • Colonização na América Latina, África e Ásia
  • História da Antropologia
  • História da Cultura
  • História da Esquerda
  • História da Saúde
  • História Intelectual
  • História Política
  • Justiça e Direitos Humanos
  • Movimentos Sociais
  • Mundo do Trabalho e História da Industrialização
  • Questão Agrária

A chegada do acervo de Edgard Leuenroth, sua organização e abertura à pesquisa pela Unicamp, teve enorme impacto na produção historiográfica, que foi enriquecida por milhares de textos, panfletos, fotografias, cartazes, periódicos e outros tantos conjuntos documentais que registraram pensamentos, ações e histórias sobre a vida dos sujeitos que organizaram os movimentos anarquistas, e dos trabalhadores e trabalhadoras em geral, que viveram no Brasil nas primeiras décadas do século passado.

Com isso, essas vozes historicamente invisibilizadas puderam ser mais bem estudadas, compreendidas e amplamente conhecidas e reconhecidas na qualidade de sujeitos sociais ativos.

A partir dessas novas fontes documentais publicizadas pelo AEL, no final dos anos 1970, as pesquisas em história política, social e cultural foram também influenciadas pela historiografia inglesa – particularmente, mas não somente – por historiadores como Eric Hobsbawm e Edward P. Thompson. O debate estabelecido por eles produziu o florescimento de uma historiografia sobre o movimento operário no Brasil e, especificamente, sobre o movimento anarquista na Primeira República, que buscou recuperar elementos da vida e da cultura trabalhadora no início do século, nos bairros, nas cidades, nas festas, revelando inúmeras formas de lutas e de resistências anteriormente desconhecidas.

Hobsbawm escreveu História Operária e Ideologia em 1974, realizando um balanço dos trabalhos desenvolvidos sobre a história operária inglesa até então. Esse texto transcendeu os limites propostos e atualmente ainda é considerado relevante para os pesquisadores pelos aspectos importantes que discute e por concluir que: “1) a história operária é parte da história da sociedade; 2) a história operária é tema multifacetado: trabalhadores e movimentos, bases e líderes, os níveis socioeconômico, político, cultural e ideológico – tanto no sentido de operarem num contexto dado quanto no sentido de que mudam ao longo do tempo em determinadas maneiras específicas; e 3) alguns aspectos do tema do pesquisador são quantificáveis, outros não”. (Hobsbawn, Eric J. “História Operária e Ideologia”. In: Mundos do Trabalho).

A grande contribuição de Thompson apresenta-se no clássico estudo que dá origem ao livro A Formação da Classe Operária Inglesa, escrito em 1963 e editado em 1967. Nele, Thompson se contrapõe ao estruturalismo e a ortodoxia marxista priorizando em seu trabalho o processo de formação da classe operária inglesa com a preocupação de compreender esses sujeitos reais em sua própria história.

Para Thompson, “a classe operária não surgiu tal como o sol numa hora determinada. Ela estava presente em seu próprio fazer-se. Portanto, a experiência de classe é determinada, em grande medida, pelas relações de produção em que os homens nasceram – ou entraram involuntariamente. E a consciência de classe é a forma como essas experiências são tratadas em termos culturais: encarnadas em tradições, sistema de valores, ideias e formas institucionais. Se a experiência aparece como determinada, o mesmo não ocorre com a consciência. Ao historiador cabe buscar desvendar esses processos nas suas complexidades e singularidades. (Thompson, E. P. A Formação da Classe Operária Inglesa).

A história é continuamente reescrita, pois novas perguntas e inquietações são sempre lançadas ao passado na busca de melhor compreendê-lo. E é muitas vezes a complexidade desse presente que mobiliza historiadores a buscarem novas fontes documentais e a desvelarem projetos, ações, vivências e modos de conceber a realidade de diferentes protagonistas que, mesmo vencidos em um dado momento, têm a potencialidade de inspirar as lutas do presente, na medida em que tiverem suas propostas e sua identidade recuperadas e conservadas na memória coletiva.

Nesse sentido, a historiografia e a esquerda brasileira têm muito a agradecer a Edgard Leuenroth, um homem certamente à frente do seu tempo.

Fontes consultadas e sugestões de leitura

BATALHA, Claudio (2009). “Edgard Leuenroth”In: Dicionário do movimento operário. Coleção História do Povo Brasileiro, Fundação Perseu Abramo.

BATALHA, Claudio (2015). “Edgard Leuenroth”. In: ABREU, Alzira Alves. Dicionário Histórico-Biográfico da Primeira República (1889-1930). Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas

DALLE, Isaias. (2017). 1917-2017 100 Anos de Greve Geral: Passado ou Futuro? Fundação Perseu Abramo.

FAUSTO, Boris. (1977). Trabalho Urbano e Conflito Social: 1890-1920. Difel.

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GALVÃO, Walnice Nogueira (2012). “Resgate de arquivos: o caso Edgard Leuenroth”. In: Revista Inst. Estudos Brasileiros (54)

GATTAI, Zélia (1979). Anarquistas Graças a Deus. Editora Record.

HOBSBAWN, Eric J (1974). História Operária e IdeologiaIn: Mundos do Trabalho. Editora Paz e Terra.

KHOURY, Yara Aun (2007). “Edgard Leuenroth, anarquismo e as esquerdas no Brasil”. In: FERREIRA Jorge; REIS, Daniel Aarão. (org.). As esquerdas no Brasil, vol. 1. A formação das tradições (1889-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. pp. 115–130

KHOURY, Yara Aun. (1997). “Edgard Leuenroth: Uma vida e um arquivo libertário”.  In: Revista Brasileira de História (v.17), nr.33).

KOWARICK, Lúcio. (1987). Trabalho e Vadiagem: A Origem do Trabalho Livre no Brasil. Editora Brasiliense.

MAGNANI, Silvia. (1982). O Movimento Anarquista em São Paulo: 1906-1917. Editora Brasiliense.

SILVA, Luciana Dantas Sarmento Da. (2015). A educação libertária nas primeiras décadas do século XX: A Escola Moderna no Brasil. Anais II CONEDU... Campina Grande: Realize Editora.

RAGO, Margareth. (1985). Do Cabaré ao Lar: a Utopia da Cidade Disciplinar. Editora Paz e Terra.

THOMPSON, E. P. (1987). A Formação da Classe Operária Inglesa, vol. 1 e 2. Editora Paz e Terra.

TOLEDO, Edilene. (2004). Anarquismo e Sindicalismo Revolucionário. Coleção História do Povo Brasileiro, Fundação Perseu Abramo.

Maria Alice Vieira é coordenadora da área de Acervos históricos do Centro Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Perseu Abramo