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A Grande Final (The Great Match – La Gran Final) - (Direção: Gerardo Olivares, Espanha/Alemanha, 2006, 88 minutos, Distribuidor: Pandora Filmes) Divertidíssimo filme germano-espanhol que põe em cena três povos nômades – beduínos atravessando o deserto, mongóis e índios brasileiros –, todos se esforçando por conseguir ver o final da Copa do Mundo. As circunstâncias são diferentes para esses três povos, às voltas com as dificuldades impostas pela selva, pelo deserto e pela burocracia. Mas o desejo ardente dos fãs de futebol, capazes de improvisar os recursos de que carecem e prontos a enfrentar qualquer obstáculo para ver um jogo decisivo, supera tudo. Uma comédia atenta aos anseios dos torcedores.

No Futebol, Nasce uma Esperança (More Than Just a Game: Football x Apartheid) (Direção: Junaid Ahmed, África do Sul, 2007, 90 minutos) Ambientado na penitenciária da Ilha de Robben, durante a vigência do apartheid, com prisioneiros políticos lutando para criar um time de futebol em meio à feroz repressão e às mais adversas condições. No processo, emergem os conflitos que dividem as facções, mas também seu esforço para realizar algo em comum. O esporte como educação para a democracia e aprendizagem de respeito à Constituição. Intercala narrativa ficcional com depoimentos de sobreviventes. Profundo e comovente.

Driblando o Destino (Bend it like Beckham) -(Direção: Gurinder Chadha, Inglaterra, 2002, 110 minutos, Distribuidor: Fox Pictures) - Este filme inglês, entre vários similares surgidos recentemente, trata de um fenômeno contemporâneo: as meninas reivindicam seu direito a jogar futebol. Em Londres, uma garota indiana desafia a família tradicional, que só pensa em casá-la, para tornar-se jogadora. Seus talentos, bem como sua vocação, são autênticos, e ela se empenha em treinar clandestinamente, para que os parentes não a impeçam de aperfeiçoar-se. Contando com a cumplicidade do treinador e de uma colega de equipe, ambos ingleses, ela resolve romper laços para seguir sua estrela.

A Copa (La Coupe) - (Direção: Khyentse Norbu, Butão/Austrália, 1999, 94 minutos) Num mosteiro tibetano no Butão, os monges exilados, fãs de futebol, fazem de tudo para assistir à Copa. Tal desejo envolve improvisações e iniciativas inimagináveis, como as maneiras de contornar a falta de mínimas condições tecnológicas, desde as gestões para alugar um velho televisor até a ausência de instalações elétricas. Também será necessário obter permissão do lama supremo. Tudo liderado por um noviço espertíssimo, praticante e fã. O diretor do filme é um lama, Khyentse Norbu, e os atores são os próprios monges.

Hooligans - (Direção: Lexi Alexander, Inglaterra, 2005, 108 minutos, Distribuição: Califórnia Filmes) - Sobre os famigerados arruaceiros da torcida inglesa, este é um bom filme para quem pensa que o futebol é por sua natureza unificador dos povos e fator de apaziguamento – mensagem que todos do gênero tentam transmitir. Aqui se analisa o tradicional fenômeno inglês de torcedores truculentos, beirando a delinquência, para os quais o divertimento é embriagar-se e espancar os outros. Mostra como o futebol serve de válvula de escape para percalços não desprezíveis como desemprego ou falta de perspectivas na vida.

Um dia na Europa (One Day in Europe) - (Direção: Hannes Stöhr, Alemanha/Espanha, 2005, 95 minutos, Distribuição: Europa Filmes) Passa-se em quatro cidades (Moscou, Istambul, Berlim e Santiago de Compostela), durante a final dos jogos da Liga dos Campeões em Moscou. O filme faz uma radiografia, entre irônica e cáustica, das ilusões despertadas por um evento como esse. É inteligente, crítico e divertido.