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Depois de décadas surge uma nova geração de mulheres cineastas. É a elas que dedicamos esta seção, sempre com a menção aos filmes e a indicação da plataforma na qual podem ser assistidos em casa

Parte 8 – Levantes: A marcha das mulheres (3)

A prata da casa

Mulheres de Cinema (1976) – dir.: Ana Maria Magalhães. De importância incontornável, este curta volta aos primórdios e examina quem foram as mulheres fundadoras de nosso cinema. Essas precursoras tornaram-se invisíveis, como de hábito: ver neste Guia, “A marcha das mulheres 2”, comentário sobre o filme Alice Guy-Blaché – A história não contada da primeira cineasta do mundo (Teoria e Debate, 206), que investiga o percurso dessa cineasta francesa.Conhecido fenômeno, já foi bem estudado igualmente nos Estados Unidos, onde as mulheres, que inicialmente eram maioria em diversas funções, viram-se suplantadas pelos homens assim que o cinema deslanchou, quando deixou de ser artesanal para se industrializar, tornando-se profissional e exigindo capitais. Nesse ponto as mulheres foram prontamente alijadas, depois que tinham realizado as tarefas da criação, de que os homens apenas se apossaram. E nunca mais...

No ramo dos direitos, sem dúvida algo digno de celebrar são os avanços da legislação concernente à mulher, no Brasil. Em poucos anos, seguiram-se: Lei Maria da Penha (2006), Lei do Feminicídio (2015), Lei da Importunação em Lugares Públicos (2018). Menos conhecida é a chamada Lei Lola (2018), do nome de Lola Aronovich, internauta feminista militante: a Lei 13.642/18 determina que a Polícia Federal deve investigar crimes cibernéticos contra mulheres. Tudo isso no Brasil. E nos Estados Unidos datam dos últimos anos os movimentos contra abuso e assédio sexual que puseram na cadeia muitos magnatas poderosos de Hollywood, movimentos liderados, bem a propósito, pelas mulheres do cinema: Me Too (Eu também) e Time´s Up (Agora Chega).

Quanto a nosso cinema, e a exemplo do que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, houve mulheres cineastas de primeira plana no passado, depois caídas no olvido. A mais célebre é Carmen Santos, grande batalhadora pelo cinema brasileiro, que além de atriz foi diretora e produtora, tendo criado um estúdio próprio para fazer seus filmes. Os maiores nomes da sétima arte de então foram seus colaboradores: Humberto Mauro, Adhemar Gonzaga, Mário Peixoto. Gilda de Abreu, em menor escala, também foi atriz, diretora e roteirista. Luci Barreto e Alice Gonzaga destacaram-se depois, a primeira como produtora e a segunda como curadora de acervo.

Ainda não há muitos filmes sobre elas, ou sobre as inúmeras outras. Décadas se passariam antes que surgisse uma nova geração de mulheres cineastas, tanto no Brasil quanto no exterior. É reconfortante verificar que são tantas as brasileiras que até fica difícil enumerá-las. Aqui vai um rol, fora de ordem cronológica ou alfabética: Susana Amaral, Norma Bengell, Sandra Werneck, Lúcia Murat, Tata Amaral, Ana Carolina, Lais Bodansky, Lina Chamie, Anna Muylaert, Petra Costa, Maria Augusta Ramos, Monique Gardenberg, Sandra Kogut, Tatiana Lohman, Helena Ignez e suas filhas (Paloma, Djin, Sinai – todas cineastas), Marina Person, Daniela Thomas, Flávia Castro, Carla Camurati, Helena Solberg, Betse de Paula, Joyce Pais, Viviane Ferreira, Tizuka Yamazaki, Camila de Moraes, Eliane Caffé, Vanessa de Araújo Souza, Susanna Lira, Yasmin Thainá, Katia Lund, Eliane Brum... E adiantam-se aqui desculpas, porque sem dúvida ainda há quem tenha ficado de fora.

Acrescentem-se os nomes de cineastas que, salvo engano, fizeram apenas um filme, não desenvolvendo uma carreira. É o caso de Raquel Gerber, diretora de um clássico da diáspora africana, Ôrí – Cabeça, Consciência Negra (1989). Ou então Adriana Jacobsen e Soraia Vilela, diretoras do excelente Outro Sertão (2013), que registra o período em que um ainda desconhecido Guimarães Rosa viveu em Hamburgo.

Passando por fora dos circuitos mais conhecidos ou oficiais, as cineastas militantes vão documentando com seus filmes a trajetória do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), a exemplo deste recente Chão (2019), dirigido por Camila Freitas. Vinte anos atrás Aline Sasahara fez Raiz Forte (2000), em parceria com Maria Luisa Mendonça. Mas não ficou por aí, fez várias outras obras, como Urbanadas, sobre ocupações dos sem-teto, e De Onde eu Vim, historiando a imigração japonesa. Alguns que se tornaram clássicos do MST são: Terra para Rose (1987), de Tetê Morais, muito premiado mundo afora; A Classe Roceira (1985), de Berenice Mendes; Getulina Meu Amor (1994), de Miriam Lourenção e Robson Janes. Um raro filme de ficção, e não documentário, é Jenipapo (1995), dirigido por Monique Gardenberg, focalizando a questão agrária, em que um padre e um jornalista participam das lutas dos sem-terra no Nordeste.

O Cinema das Mulheres (2019)dir.: Vanessa de Araújo Souza. Perto de meio século depois, avança e atualiza o que foi feito no primeiro filme de síntese histórica supracitado, Mulheres de Cinema (1976). Traz entrevistas com figuras que são marcos desse
percurso, como Gilda de Abreu, Luci Barreto, Alice Gonzaga, Helena Solberg, Ruth de Souza, a própria Ana Maria Magalhães que fez o filme anterior e outras. A diretora faria ainda O Pessoal é Político (2017), igualmente centrado em questões de gênero.

Carmen Santos: Uma vida pelo cinema brasileiro (2017) – dir.: Joyce Pais, curta. Outro curta é mais antigo: Carmen Santos (1969) – dir.: Jurandyr Passos Noronha. Sua vida e sua extraordinária dedicação ao cinema brasileiro estão pedindo mais filmes, à altura do cunho decisivo de sua atuação.

Bonequinha de Seda (1936) – O mais famoso filme dirigido por Gilda de Abreu. Mesmo assim, não atingiu o grande público tanto quanto O Ébrio (1946), estrelado pelo popular cantor de voz possante Vicente Celestino, seu marido. Como a fórmula agradou, fizeram outros filmes juntos.

Desarquivando Alice Gonzaga (2017) – dir.: Betse de Paula. Documentário sobre a herdeira e curadora do acervo da Cinédia, produtora criada por Adhemar Gonzaga, seu pai e pioneiro de nosso cinema. Alice foi diretora da Cinédia, que dominou o panorama do cinema brasileiro por décadas, e conhece como ninguém uma história de que participou ativamente. Hoje é a guardiã dessa memória, constituída por um acervo com 250 mil documentos.

As Protagonistas (2021) – dir.: Tata Amaral. Em boa hora a diretora enfrenta as lacunas e cria um documentário em treze episódios, apresentando e analisando a atuação de cerca de setenta mulheres brasileiras a partir de 1930. Elas foram e são, como o título curto e direto já diz, as protagonistas do audiovisual brasileiro. O resultado é extraordinário em sua abordagem compreensiva e calorosa do percurso trilhado por todas elas, grande parte das quais silenciada e tornada invisível pela habitual misoginia, ou machismo estrutural corrosivo e destrutivo. Começa por uma desconhecida Cleo de Verberena, passa obrigatoriamente por Carmen Santos, e chega até hoje, mostrando os vídeos das artistas negras felizmente em plena expressão. Maravilhoso e definitivo.

Para uma visão panorâmica, recomenda-se um livro recente: Mulheres Atrás das Câmeras: As cineastas brasileiras de 1930 a 2018, da autoria de Luiza Lusvarghi e Camila Vieira da Silva. E dois sites que são um tesouro enquanto repositório de preciosas informações e entrevistas com as profissionais da arte: Mulheres do Cinema Brasileiro e Mulheres de Luta.

Trajetórias coletivas

A Entrevista (1966) – dir.: Helena Solberg. Ela foi a única diretora mulher do Cinema Novo, mas trabalhou intensamente nos filmes de seus colegas embora só lhe atribuíssem tarefas subalternas. Neste curta, dá imagem e voz a várias jovens, que falam sobre si mesmas e o que esperam da vida. O recorte de gênero torna o filme original e histórico ao mesmo tempo. Posteriormente, a diretora faria o documentário Carmen Miranda: Bananas is my business (1995) e o filme de ficção Vida de Menina (2009), entre outros. Mais recentemente, orquestrou um debate sobre aborto em Meu Corpo, Minha Vida (2017).

Os Homens que Eu Tive (1973) – dir.: Teresa Trautman. Filme de grande independência como concepção, trata de amor livre e de experiências eróticas com a maior seriedade. Claro que a censura da ditadura o proibiu para sempre, ao fim de poucas semanas de exibição. De sua importância fala o elenco, recrutado dentre o que havia de melhor à época: Darlene Glória, Ítala Nandi, Gracindo Júnior, Arduíno Colassanti, Milton Moraes. A diretora, produtora e roteirista desenvolveria sua futura carreira no audiovisual.

O Pessoal é Político (2017) – dir.: Vanessa de Araújo Souza. Retrata a Segunda Onda do feminismo, a começar pela participação das mulheres na luta armada e na resistência à ditadura militar. O recorte temporal concentra-se naquilo que a ONU designou como a Década da Mulher (1975-1985), a partir da Primeira Conferência sobre a Mulher, no México. No Brasil, surgem centros de estudos e periódicos feministas, bem como, mais tarde, manifestações de rua. Em consequência, houve avanços na legislação concernente aos direitos das mulheres, que ainda se expandem até hoje.

Que Bom Te Ver Viva (1989) – dir.: Lucia Murat. A diretora, ilustre representante da Segunda Onda, entrevista mulheres sobreviventes da tortura e da prisão, como ela mesma. Um processo dos desmandos da ditadura instalada pelo golpe de 1º de abril de 1964 e radicalizada pelo AI-5 de 1968.

Torre das Donzelas (2018) – dir.: Susana Lira. Assim era chamada a ala feminina do Presídio Tiradentes, demolido em 1972. O documentário procura registrar a rotina dessas guerreiras da resistência à ditadura, examinando como faziam para suportar o confinamento e aguentar a tortura. À Torre das Donzelas coube a honra de abrigar nossa primeira presidente da República mulher, Dilma Rousseff.

Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas (2017) dir.: Sandra Werneck. Verdadeiro “estudo de caso”, registra momento decisivo no avanço da luta das mulheres no Brasil: fala do movimento que surgiu na TV Globo e se espraiou pelo país. Nascido de assédio nos sets da emissora, foi encampado por atrizes famosas e outras profissionais do audiovisual. Traz depoimentos de sobreviventes como Maria da Penha (cuja tenacidade originou a lei que leva seu nome), Luiza Brunet, Clara Averbuck e outras.

Perfis e vinhetas

 Eternamente Pagu (1988) – dir.: Norma Bengell. O Homem do Pau Brasil (1982) – dir.: Joaquim Pedro de Andrade. Eh Pagu! Eh! (1982) – dir.: Ivo Branco, curta, documentário.  Musa vanguardista, exemplo de libertária e militante, perseguida e presa várias vezes, Pagu despertou o interesse de cineastas em todas essas variantes.

Maria – Não se esqueça que eu venho dos trópicos (2016) – dir.: Elisa Gomes e Francisco C. Martins. Documentário sobre a escultora Maria Martins, seu percurso artístico e seu ateliê em Nova York nos anos 1940, foco de atração da vanguarda modernista internacional. Graças a seu prestígio pessoal, foi decisiva em obter a contribuição de artistas estrangeiros para a Bienal de São Paulo (100 Picassos, inclusive Guernica!), que ajudou a consolidar.

Uma História Severina (2005) – dir.: Eliane Brum – Documenta a via-crúcis de Severina, uma pernambucana, em busca de autorização para abortar um feto anencéfalo.

Haydée e o Peixe Voador (2019) – dir.: Pachi Bustos. Pelas mãos de uma cineasta chilena, a história de Haydée Oberreuter, militante presa na ditadura Pinochet que, grávida, viu os torturadores se encarniçarem em espancar-lhe a barriga, para impedir a existência de, como bradavam, “mais um comunista” – conseguindo matar o feto. Caso raro, pôde 40 anos depois levar os quatro militares seus torturadores e assassinos de seu malogrado filho aos tribunais. Tornou-se ativista dos direitos humanos e se candidatou no Chile a um cargo na Assembleia Constituinte – que dá o exemplo por reservar metade dos assentos às mulheres, coisa inédita em qualquer país.

Livre Pensar (2018) dir.: José Mariani. Uma pessoa extraordinária: a renomada economista Maria da Conceição Tavares, de vasta atuação pública, tanto no Brasil como no exterior, quando, entre outras funções, foi colaboradora do governo de Salvador Allende. No filme, ela reflete sobre sua vida e sobre as batalhas que travou: foram muitas, e não só no Brasil.

Zuzu Angel (2006) – dir.: Sergio Rezende. A história da estilista e mãe do militante político desaparecido Stuart Angel, assassinado pela ditadura. Zuzu devotou-se a procurar o corpo de seu filho e a denunciar os descalabros do regime, inclusive inserindo mensagens secretas nos vestidos que costurava e que exibia em desfiles fora do país. Tornando-se cada vez mais inconveniente, acabaria por ser também vítima de um atentado.  Convém ver também filmes biográficos de outras notáveis militantes políticas de nossa história, como Olga Benario Prestes (Olga), Iara Iavelberg (Em Busca de Iara) e Elizabeth Teixeira (Cabra Marcado Para Morrer), já comentados na Parte 1 deste Guia (Teoria e Debate, nº 196).

My Name is Now – Elza Soares (2014) – dir.: Elizabete Martins Campos. A história exemplar da cantora Elza Soares, que, negra, mulher e pobre, comeu do pão que o diabo amassou e, passados os 90 anos, não se furta a comentar os horrores que viveu e que superou. Uma carreira artística magistral, embasando uma forte consciência social e política.

Nise – O Coração da Loucura (2016)dir.: Roberto BerlinerBiografia da Dra. Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento psiquiátrico, eliminando a crueldade do eletrochoque e da lobotomia, praticando a terapia ocupacional através da arte, criando o Museu do Inconsciente, patrocinando entre outros Artur Bispo do Rosário, artista originalíssimo. Foi presa na repressão que se seguiu ao Levante Comunista de 1935. Sua última entrevista foi filmada por Jorge Oliveira, em O Olhar de Nise (2015).

Que Horas Ela Volta? (2015) – dir.: Anna Muylaert. Feito por uma mulher e sobre mulheres, este filme comprova a maturidade de gênero no cinema brasileiro. Com uma afiada visão das desigualdades sociais no país, teve a coragem de focalizar como protagonista uma empregada doméstica, essa categoria que é um resquício da escravidão e que já desapareceu em boa parte do mundo. Obra de um olhar solidário, atento às situações de conflitos em surdina. Mais tarde, a diretora filmaria Alvorada, que documenta o impeachment de Dilma Rousseff.

Niède (2019) – dir.: Tiago Tambelli. Registra a trajetória da arqueóloga Niède Guidon, à frente das escavações que levaram à criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, tombado pela Unesco, onde pesquisa há meio século. Seus esforços revelaram pinturas rupestres, esqueletos, cacos de cerâmica, artefatos de pedra que estavam soterrados há milênios. Donde a hipótese de que, ao contrário do que se acreditava, o povoamento do continente não datava de apenas 12 mil anos, mas provavelmente de muitos milhares mais – o que foi uma bomba nos estudos pré-históricos. Modelo de tenacidade e fé na ciência, apesar de todos os percalços, a arqueóloga dedicou cinquenta anos de sua vida a essa missão. O filme estreou no festival “É Tudo Verdade”.

Bertha Lutz – A Mulher na Carta da ONU (2020) – dir.: Guto Barra e Tatiana Issa. Duas pesquisadoras, uma argelina e outra norueguesa, toparam com documentação em Londres que as levou a “descobrir” Bertha Lutz. Esta cientista brasileira, bióloga e futura diretora do Museu Nacional, foi uma feminista da primeira onda, sufragista e criadora de uma associação de mulheres no Rio de Janeiro, tão cedo quanto 1919. A cientista foi delegada do Brasil às reuniões que criaram a Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, em São Francisco, ao fim da Segunda Guerra. O filme mostra o papel relevante que teve em reivindicar a paridade de direitos de gênero na Carta da ONU, entre 850 delegados dos quais apenas oito eram mulheres. Vê-se ainda como ela foi posteriormente alvo de ações de silenciamento que a apagaram da memória da ONU (e igualmente da diplomacia brasileira), esse avanço crucial sendo creditado às americanas e inglesas, que eram contra a posição dela. As duas pesquisadoras mostram como houve ali um confronto entre os hemisférios Sul e Norte, as reivindicações avançadas vindo do Sul, mas a política imperialista predominando, ontem como hoje.

Fazem falta mais filmes mostrando mulheres que sirvam de modelo para as novas gerações, mulheres que foram suprimidas da memória coletiva, como é o caso de tantas delas em vários setores da vida cultural e política, a exemplo de Alice Guy-Blaché e Bertha Lutz.

Onde assistir

A Classe Roceira – Youtube

Alvorada – Now

As Protagonistas – Divertinet, Cinebrasil.TV

Bertha Lutz: A Mulher na Carta da ONU – Now

Carmen Santos – Youtube

Chão – Now, AppleTV, GooglePlay, VivoPlay, Youtube

Desarquivando Alice Gonzaga – TamanduaTV, Now

Ébrio – Youtube

Eternamente Pagu – Youtube (Catarinas.Inf)

Getulina – Youtube

Haydée e o Peixe Voador – TamanduaTV, Canal Curta!

Jenipapo – Youtube

Livre Pensar – TamanduaTV, Canal Curta!

Maria: Não se esqueça que eu venho dos trópicos – TamanduaTV, Now, GooglePlay

Meu Corpo, Minha Vida – TamanduaTV, Now, GloboPlay, Looke, Youtube

Mexeu Com Uma, Mexeu com Todas – TamanduaTV, Now, Youtube

Mulheres de CinemaYoutube

My Name is Now: Elza Soares – Now, VivoPlay, GooglePlay, Looke

Niède – Now

Nise: O Coração da Loucura – Now, GooglePlay, VivoPlay, AppleTV, Youtube

O Cinema das Mulheres – Now

O Homem do Pau Brasil – Youtube

O Pessoal é Político – TamanduaTV, Now, Youtube

Orí – NOW

Que Bom te Ver Viva – PrimeVideo, Youtube

Que Horas Ela Volta? – Now, TelecinePlay, GloboPlay, GooglePlay, VivoPlay, Youtube

Raiz Forte – Youtube

Terra para Rose – Youtube

Torre das Donzelas – Now

Uma História Severina – Youtube

Urbanadas – Youtube

Zuzu Angel – Looke, Youtube

Walnice Nogueira Galvão é professora emérita da FFLCH da USP e integrante do Conselho de Redação de Teoria e Debate