O ajuste a ser feito, que se mostrou necessário, não pode nem deve resultar na venda de patrimônio nem na redução ou supressão de direitos
O ajuste a ser feito, que se mostrou necessário, não pode nem deve resultar na venda de patrimônio nem na redução ou supressão de direitos
O primeiro mandato da presidenta Dilma, apesar da crise internacional e do denuncismo contra seu governo, trouxe avanços significativos nos campos, entre outros, da transparência e da vida política, econômica e social do país. As conquistas acumuladas de 2011 a 2014, medidas pelas proposições transformadas em lei e em emenda à Constituição, são inquestionáveis.
No quesito da transparência e do controle da gestão, um dos mais visíveis por força do denuncismo, foram incorporadas ao ordenamento jurídico leis destinadas a favorecer a democracia, a prevenção e o combate à corrupção, assegurando a participação social e o controle da cidadania sobre atos governamentais, entre as quais se destacam:
Na área social em sentido amplo, como políticas de inclusão social e valorização da saúde e da educação, e específico, como proteção e ampliação dos direitos dos trabalhadores, os ganhos também foram expressivos. São elas:
Registre-se, ainda, o apoio determinado do governo Dilma na aprovação e promulgação das Emendas Constitucionais nº 72/13, que estende aos trabalhadores domésticos os mesmos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, e nº 81/14, que determina a expropriação de propriedade nas quais se constate a existência de trabalho escravo ou onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas.
No campo econômico, além das políticas anticíclicas que garantiram emprego e renda, cabe mencionar:
Esse pequeno balanço dá uma ideia dos avanços alcançados, sobretudo na área social, no governo da presidenta Dilma.
O grande desafio é ampliar esse legado no segundo mandato. O ajuste a ser feito, que se mostrou necessário para a retomada do crescimento econômico e o controle da inflação, não pode nem deve resultar na venda de patrimônio nem na redução ou supressão de direitos. O partido deve acompanhar e apoiar o governo em tudo que contribua para ampliar e consolidar as conquistas sociais.
Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap