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O período anterior à prisão de Theodomiro Romeiro dos Santos e de Paulo Pontes. Em especial sobre a atuação do PCBR no Nordeste, quando foi massacrado

O pensamento foquista, a dominar todas as organizações da esquerda armada ao final de 1969 e 1970, era uma doença. Aqui, mesmo considerando a distância no tempo, não seria impróprio recorrer à doença infantil do esquerdismo no comunismo, tal e qual Lênin havia pensado há mais de século atrás, 1920, quando sai a primeira edição de livro com esse título.

Doença infantil estimulada sobretudo e especialmente pelos sonhos derivados da Revolução Cubana, da guerra do Vietnã, e decorrente também da sistematização teórica de Regis Debray, com A Revolução na Revolução. Nessa leitura, bastaria um punhado de combatentes para promover a chegada do grande dia, derrubar todas as estruturas do capitalismo, e iniciar a nova era.

Erro grave, como a história haveria de demonstrar não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. A Revolução Cubana ou a Guerra do Vietnã não têm nada com isso. E a teorização de Debray era um simulacro em relação à heroica e ampla luta dos cubanos, a resultar na vitória em 1959.

Neste texto, e de modo rápido, tentaremos contextualizar rapidamente o período anterior à prisão de Theodomiro Romeiro dos Santos e de Paulo Pontes, ocorrida no dia 27 de outubro de 1970, de modo especial a atuação do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário no Nordeste, massacrado no período.

O PCBR havia realizado o assalto ao Banco da Bahia, em maio de 1970, com participação dos dois e de vários outros militantes. Muito tiroteio, pouco dinheiro. O saco com o maior volume de grana ficou pela rua em meio à troca de tiros. Realizada a ação, o PCBR da Bahia sabe então: a maior parte do dinheiro do assalto serviria ao financiamento de um sequestro em Recife, a ser organizado pelos militantes daquele estado. O alvo: o cônsul japonês Tadashi Nakagawa. Tudo acertado, a ação iria ocorrer.

Terror no Recife

No meio do caminho tinha uma pedra.

A repressão da ditadura, muito ativa e crescendo em todo o país no período, localiza aparelho no bairro de Afogados, na capital pernambucana, dia 16 de julho de 1970, menos de dois meses depois do assalto em Salvador.

Cinco horas da manhã. No aparelho, Chico de Assis, dirigente do BR, e duas militantes chegadas recentemente de outros estados. Do Rio de Janeiro, Nancy Mangabeira Unger. De Fortaleza, Vera Rocha. O aviso na madrugada, aos gritos:

É a polícia!

É a polícia!

Vera pergunta:

O que vamos fazer?

Vamos morrer lutando – palavra de ordem de Chico de Assis.

Armas nas mãos, tiros pipocam vindo de fora, repressão chegou com gosto de gás. Os militantes destroem documentos do BR. Sufoco. Chico de Assis descarrega o 38, um tiro atrás do outro, tentando conter os policiais.

Vera caminha para a cozinha, vê a porta aberta. Depara com Nancy, a mão no abdômen. Olhar de quem pede socorro, sangue já escorrendo. Atingida por tiro vindo de um dos policiais.

Rendição, os militantes decidem. Não havia outro jeito. Policiais gritam:

Primeiro, as mulheres, com as mãos na cabeça!

Vera Rocha, a primeira a sair. Nancy Mangabeira Unger não conseguia caminhar. Os policiais se esforçam para levantá-la, e a levam para o carro. O tiro havia atingido órgãos internos e decepado um dos polegares dela. Encaminhada para o Hospital Geral de Restauração do Recife, onde passou mais de um mês, período de muita tortura psicológica.

Chico de Assis e Vera Rocha, levados para o Dops. Vera fica no segundo andar. Chico de Assis, levado para uma espécie de subsolo. Muita tortura. Nancy, filha do americano John Unger e Edyla Mangabeira Unger, e neta de Otavio Mangabeira, ex-governador da Bahia.

No hospital, um médico insiste em saber o nome dela, e ela reluta, ressabiada. Finalmente sentindo nele alguma solidariedade, revela. O médico, certamente simpatizante da causa revolucionária, passa a informação para dom Hélder Câmara, e ele entra em contato com a mãe.

Edyla Mangabeira Unger, no Rio de Janeiro, freta um avião e aterrissa no Recife, encontra a filha. Mobiliza o embaixador americano, e ele também visita Nancy hospital. De alguma forma, Edyla salvou a vida da filha e, também, as vidas de Chico de Assis e de Vera Rocha.

A repressão teve certeza de que o sequestro planejado em Recife fora o do cônsul americano, nem pensaram no cônsul japonês. E isso também se deveu à prisão de Nancy e da intervenção da mãe dela, casada com um americano.

Vera Rocha e Nancy Mangabeira Unger sairão para o exílio, entrando na lista elaborada no decorrer do sequestro do embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher, ação iniciada no dia 7 de dezembro de 1970, concluída apenas no dia 16 de janeiro de 1971, com o embarque de setenta presos políticos no avião.

Lista na qual entraram Theodomiro Romeiro dos Santos e Paulo Pontes da Silva, recusados pela ditadura, como tantos outros. Eu próprio estava preso no Forte do Barbalho, em Salvador, como os dois, e testemunhei a preparação deles para o voo ao exílio, e depois a negativa. Seria o último sequestro com aquelas características, realizado pela esquerda armada.

Ofensiva contra o BR na Bahia

Com as prisões no Recife, e com o pouco dinheiro conseguido no assalto ao Banco da Bahia, o PCBR decide agir de outra maneira: agora quem faria o sequestro de um diplomata seria o BR da Bahia. Determinação da direção do partido. Recife e Ceará nessa reviravolta ficariam com a responsabilidade do dinheiro para a ação, destinada a libertar presos políticos. O BR estava decididamente envolvido pela miragem militarista, foquista, e nem pensava em recuo.

Quando mais prisões, mais o PCBR ficava arrogante.

O desabafo é de Paulo Pontes, décadas depois. Curioso: teoricamente, o BR não se assumia como foquista. Mas dizia: o caminho da revolução era o foco guerrilheiro rural. Uma contradição em termos. O partido acrescentou outra guerrilha, a local, de meio de caminho. E ainda a guerrilha urbana. Uma concepção, dirá Paulo Pontes, num desabafo tardio, basicamente militarista. Acentuadamente militarista, eu diria.

Os quadros revolucionários do BR, após a queda do início de 1970, quando Mário Alves é assassinado, cada vez se militarizavam mais. Acreditavam no poder das armas. Na coragem e disposição da militância. O poder estava na ponta do fuzil. Nunca está. Só pode estar na ponta do fuzil, e metaforicamente, se este é guiado por uma política ampla, e nessa linha podem ser lembradas as revoluções chinesa, cubana e vietnamita.

O PCBR era um partido pequeno e de frágil estrutura. Não se reconhecia como tal, no entanto. Não enxergava o círculo vicioso: ações, prisões, mais pessoas na clandestinidade, necessidade de mais ações para garantir a sobrevivência dos militantes e do partido. Não, o partido não queria enxergar a crise. Os dirigentes queriam resolver tudo na bala. A política na ponta do fuzil, equivocadamente. Rumo ao desastre.

Decisão: o PCBR sequestraria então o cônsul americano em Salvador, Alexander Watson. O diplomata trabalhava no bairro do Garcia, morava em Brotas, à Avenida Dom João VI. Tinha uma rotina rigorosa, de acordo com o levantamento feito pelos militantes do BR.

Ao fim do expediente, por volta das 17 horas, saía do escritório. Descia a Ladeira do Garcia, desembocava na Avenida Vasco da Gama. Além do motorista, contava com um segurança. Seguia na direção do bairro do Rio Vermelho, fazia o retorno em baixa velocidade para alcançar logo a Ladeira do Acupe, pela qual chegaria à Avenida Dom João VI e logo à moradia.

No papel, as coisas corriam bem. Assim parecia ao BR. A Ladeira do Acupe tem forte inclinação. Os veículos deviam subir lentamente. À esquerda, no início dele, uma garagem de ônibus, e um descampado com pouco mato à direita. A ação começaria ali. Um carro do BR, saindo do descampado fecharia o veículo do diplomata, enquanto outro colaria no fundo dele. A abordagem seria feita por alguém do partido com domínio do inglês, provavelmente o próprio Theodomiro, acompanhada por outros militantes com determinação suficiente para atirar no segurança em caso de reação.

Paulo Pontes conta: tiveram o cuidado de avisar aos aliados. Iriam fazer uma ação cuja consequência seria necessariamente uma ofensiva da repressão. Barra ia pesar. Justo avisar as demais organizações. Ele próprio foi dando a informação à Ação Popular, à Polop, ao MR-8. Lúcia Murat, dirigente do MR-8, ponderou sobre os riscos. Defendeu fosse prudente garantir a Bahia como área de recuo, como as organizações de esquerda enxergavam a Bahia então.

No último encontro com ela, Paulo Pontes avisou: só a encontraria novamente depois de a poeira baixar. Lúcia Murat não concordava, achava a ação um despropósito, reclamou. Nada podia fazer, no entanto. Entregou a ele um pedaço de papel muito pequeno, informando: trata-se do endereço de um aparelho que a polícia acompanha e apenas espera o melhor momento de invadir. E acrescentou:

Já verificamos: o endereço não é nosso. Veja quem de sua organização está autorizado a abrir [o envelope] e se é de vocês.

Era dia de outubro, parecia ser como outro qualquer. Daqueles dias tensos, duros, quando se dormia aos pedaços a cada noite. Pura tensão, sempre. Fim de tarde lento, como o ônibus velho a levá-lo para casa no bairro da Cidade Nova. Ele próprio iria decodificar a informação, tinha autorização para tanto. Ao fazê-lo, Paulo Pontes toma um susto: “C. Nova” era o nome do bairro onde a Polícia Federal localizara um aparelho.

Mais tenso ainda, olhou pra todos os cantos, e desceu para a rua onde morava, exatamente no bairro da Cidade Nova. O aparelho mapeado pela repressão era o dele. Ele e Prestes de Paula, outro dirigente do BR, comandante da ação do Banco da Bahia, saíram às pressas, levando apenas armas e uma muda de roupa cada um. Noite. Desceram um descampado, em meio a um pequeno matagal, chegando à Avenida Barros Reis. Escapando, fugindo.

Dia seguinte, o BR iria sequestrar o cônsul americano, ação a ser iniciada na Ladeira do Acupe. Os carros já haviam sido puxados, casa já estava alugada com quarto revestido de isopor, escalados quem fariam a abordagem, quantos se dispersariam e quem ficaria responsável pela guarda do diplomata.

Ação suspensa com a descoberta da movimentação da repressão, já nos calcanhares do PCBR, a acompanhar os passos de Paulo Pontes havia mais de 10 dias, e ele não sabia. Ditadura perdeu a pista dele quando do abandono do aparelho da Cidade Nova. Sem saber, Paulo Pontes, Theodomiro Romeiro dos Santos e outros militantes do partido, estavam a caminho da prisão ou da morte. Como diz Paulo Pontes, não existia alternativa que não fosse trágica.

Uma semana de sobressaltos, noites maldormidas. Um tal de desfazer-se de carros puxados, alguns com baterias descarregadas. E de abandonar aparelhos, todos visados. Na emergência, alugou-se minúscula casa recém-construída numa pirambeira, no bairro da Fazenda Grande do Retiro, periferia da capital baiana. Lá, foram deixadas armas e roupas.

Providenciou-se a saída da Bahia dos companheiros oriundos do Rio de Janeiro. Na Bahia, ficariam Theodomiro Romeiro dos Santos e Paulo Pontes como dirigentes, além de Dirceu Régis. O encontro no Dique do Tororó, no dia 27 de outubro, era para garantir a desmobilização, ver como as coisas seriam retomadas face àquele quadro de defensiva. Dirceu recebeu algum dinheiro e orientação para voltar momentaneamente a Remanso, terra natal dele, no interior da Bahia, a 720 quilômetros de Salvador. Theodomiro e Paulo tentariam segurar as pontas em Salvador. Situação terrível. Defensiva absoluta. Isolamento crescente.

E foi quando a prisão de Paulo e de Theo ocorreu. Quando Getúlio Cabral conseguiu fugir. Quando se iniciou a saga dos dois presos, de modo especial a de Theodomiro, ao reagir à prisão e matar o sargento Walder Xavier de Lima. Paulo, nascido em 1945. Theodomiro em 1951. Jovens, muito jovens. Naquele 27 de outubro, tornaram-se adultos, conclusão de Paulo Pontes. Trágica maneira de se tornar adulto.

No Ceará, ações e muito dinheiro

Antes do dia 27 de outubro, em Pernambuco e no Ceará, havia movimentações destinadas a levantar recursos. As organizações militaristas haviam entrado na senda das ações armadas. A revolução reclamava dinheiro, e por isso o BR botava mãos à obra. De modo especial, no Ceará. O PCBR assaltou o carro pagador do London Bank em Fortaleza, primeira ação de envergadura, feita em conjunto com a organização Movimento Comunista Internacional (MCI), de orientação trotskista.

Dia 16 de março de 1970, uma segunda-feira. O carro pagador do London Bank deixa os terminais da Norte Goiás Butano, nas proximidades da enseada do Mucuripe. Era uma camioneta rural, cor verde-oliva, ocupada por dois bancários, em fim de jornada de trabalho. Tratava-se de recolher 200 mil cruzeiros novos de companhias petrolíferas do Porto do Mucuripe e levar para a sede do banco, no centro da capital cearense. O último recolhimento do dia.

Os dois trabalhadores, era assim naquele tempo, sequer usavam armas. Faziam o trabalho num carro comum de modo a não chamar a atenção de eventuais gatunos. Bandidos podiam prestar atenção, e aí morreu Maria Preá. Não davam bandeira. O dinheiro, colocado na parte de trás da Rural, acondicionado em sacolas de lona trancadas com cadeados. Tudo muito seguro e discreto. Os dois, tranquilos.

Um pouco antes das 18 horas, um Corcel verde, saído ninguém sabe de onde, sem placa, fecha a Rural, abruptamente. Dele, saltam três rapazes, revólveres em punho. Assalto. A ação dura menos de cinco minutos. Os dois bancários obedeceram sem hesitação à ordem de descerem do veículo. Mãos na nuca, encostados em um muro próximo. Os rapazes tomaram a camioneta e saíram a toda velocidade, seguidos pelo Corcel, agora dirigido por três outros homens, saídos ninguém sabe de onde. Era o PCBR, envolvido, com aquele assalto, sensação de muita euforia.

Parte do dinheiro do assalto foi transportado por Mário Albuquerque e Cláudio Gurgel, militantes do BR, para Recife, no mesmo dia, no fusca de propriedade do próprio Gurgel. A grana ia dentro de um pneu. Quando chegaram em Mossoró, já relaxados, pararam para tomar uma cerveja, que ninguém é de ferro, e assistiram ao noticiário sobre a ação pela televisão. O montante chegou à direção do partido em Recife. Dia 11 de setembro de 1970, o PCBR realiza o assalto ao Banco do Brasil de Maranguape, a render 200 mil cruzeiros novos.

PCBR, montado na grana. A revolução parecia caminhar triunfante. Dinheiro existia para dar sustentação à ação do sequestro do diplomata em Salvador. Mas dinheiro apenas não resolve os problemas. Não era capaz de resolver o isolamento do BR no Nordeste e no Brasil, isolamento a atingir toda a esquerda brasileira.

Não aconteceu nem o sequestro do cônsul japonês em Recife, nem o do cônsul americano em Salvador. Repressão apertava o cerco em todo o país. A caçada aos revolucionários se intensifica também no Nordeste, tal e qual ocorria em todo o país, destroçando-se pela violência as organizações da esquerda armada e, de quebra, na sequência, atingindo também profundamente o PCB, cuja política não era favorável ao enfrentamento armado da ditadura.

No caso do PCBR desconfio ter a repressão desfechado o golpe decisivo naquela fase do partido no dia 7 de fevereiro de 1971, numa operação entre a praia de Pirangi, litoral do Rio Grande do Norte, e a cidade de Natal. Operação comandada pelo major Cleanto Siqueira, espalhafatosa e bem armada. O ônibus no qual viajavam Carlos Alberto Soares, a mulher dele, Rosa Maria Soares, e Maria Yvone Loureiro, companheira de Odijas Carvalho, naquele momento sendo torturado até a morte no Dops pernambucano, o ônibus foi cercado, e eles todos presos, e submetidos a terríveis torturas, e enfrentando prisão por muito tempo.

À ditadura interessava destruir todas as organizações revolucionárias, de todos os matizes, sem distinção de cor. E em pouco tempo, realizou a tarefa, especialmente durante o governo Médici, mas dando sequência sob o do ditador Geisel. Ditadura decidira por uma política de extermínio.

Theodomiro e Paulo Pontes, depois de 27 de outubro, restavam na prisão, sob inimagináveis torturas, imersos num banho de sangue. O PCBR só vai ressurgir com alguma capacidade de atuação, e por breve tempo, no final da década de 1970, envolvido na fuga de Theodomiro. Vai tentar persistir depois, com algumas ações, uma delas o assalto ao Banco do Brasil em Salvador, em 1986, mas tais ações eram, nessa fase, o canto do cisne do partido.

Referências

ALBUQUERQUE, Mário. Entrevista ao autor, junho de 2023.

ASSIS, Chico de. A Trilha do Labirinto. Recife: Inojosa Editores, 1995.

DIÁRIO de Pernambuco, 8/1/1970, informação sobre cônsul japonês no Recife, Tadashi Nakagawa, “Ágape homenageia Apolônio Sales”.

GURGEL, Cláudio Roberto Marques. Petição requerendo direito à indenização prevista em lei, onde são relatadas prisões dele e de demais companheiros, 20/2/2001.

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JOSÉ, Emiliano. Galeria F – Lembranças do mar cinzento (segunda parte). São Paulo : Editora Casa Amarela, 2004.

JOSÉ, Emiliano. O Cão Morde a Noite. Salvador: EDUFBA, 2020.

PONTES, Paulo. Memórias da Resistência na Ditadura e Depois. Recife: MMM Produtos Culturais, 2018.

ROCHA, Vera. Entrevista ao autor, junho de 2023.

Emiliano José é jornalista e escritor, autor de Lamarca: O Capitão da Guerrilha com Oldack de Miranda, Carlos Marighella: O Inimigo Número Um da Ditadura Militar, Waldir Pires – Biografia (2 volumes), O Cão Morde a Noite, entre outros