Estante

Conheço uma palavra que soa como asa
Ela provoca a vertigem da alegria
Ela ressuscita as horas imortais
Ela enfuna a vela de meu sonho
Ela fixa um brilho de amor no canto dos meus olhos.
Conheço uma palavra que leva tudo o que senti
Minhas esperanças
Minha tristeza
Minhas noites e noites de conversas.
Essa palavra dá sentido ao que senti
Ela explica a cor de minha pele.
Essa palavra é o futuro para mim
É toda a loucura que vivi: Haiti.

chr\u00e9tien. Em 1978 Depestre deixa Cuba, rompido com o governo. Retorna a Paris, trabalhando na Unesco. Publica em 1980 o romance All\u00e9luia pour une femme-jardin,<\/em> que ganha o Pr\u00eamio Goncourt em 1982. Ultimamente tem publicado ensaios onde rev\u00ea sua trajet\u00f3ria como escritor e militante. Vive na pequena cidade de Aube, na Fran\u00e7a. (Fonte: Jo\u00eblle Vitielllo, www.lehman.cuny.edu\/ile.em.ile\/paroles\/depestre.htm<\/a>)<\/p>\n

 <\/p>","author":"Fl\u00e1vio Aguiar,","url":"","minibio":"professor de literatura portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ci\u00eancias Humanas da USP"}'>