Estante

Godard, o militante que fez do cinema arma de luta política, como o demonstra sua carreira inteira, divide seu filme em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso, como a Divina Comédia, de Dante. A primeira parte compendia imagens dos horrores de muitas guerras. Depois, comparecem escritores – Juan Goytisolo e Mahmoud Darwish, o grande poeta palestino – participando de um seminário na cidade de Sarajevo. Há uma moça que interpela e polemiza. O filme se constrói a partir de materiais heteróclitos, numa pungente discussão da guerra e da violência. Tudo se encaminha para um final surpreendente, que o espectador não será capaz de adivinhar.

- WNG