Estante

Eu, nascida mulher e assolada
Por ânsias e caprichos da espécie,
Sou compelida a achar sua presença
Atraente, e sentir algum júbilo
No peso de seu corpo em meu peito:
Sutil, o perfume da vida faz
Clarear o pulso e ofuscar o tino,
Deixando-me desfeita, entregue.
Mas não pense que a mínima traição
Do sangue forte à vacilante mente
Vá nimbá-lo de amor, ou temperar
Meu desdém com mercê, – escute bem:
Um tal frenesi não é razão suficiente
Para falarmos, quando nos cruzarmos.

The Harp-Weaver