Especial

O que ficou das lutas estudantis e operárias e das manifestações culturais e comportamentais? Edição especial de Maio de 2008

Edição Especial 1968 - publicada em Maio de 2008

Quarenta anos são passados e a discussão sobre 1968 continua viva. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, expôs enfático o ponto de vista da direita, disse que, com sua eleição, havia chegado a hora de enterrar definitivamente a herança de 1968. Da mesma forma como, aliás, a direita em todo mundo sempre proclama a necessidade de enterrar o Manifesto Comunista, Che Guevara e outros tantos símbolos vivos da luta libertária no mundo.

Mas se as comemorações realizadas no plano internacional mostram com clareza que a herança de 1968 está viva, cabe a pergunta: qual é essa herança afinal?

É muito raro Teoria e Debate publicar edições monotemáticas. Mas consideramos que desta vez vale a pena. Qual a incidência no mundo atual, em termos sociais, políticos, culturais e comportamentais, do legado de 1968? Esses são os temas que debatemos nesta edição especial. E, no caso do Brasil, onde em geral são muito lembradas as movimentações estudantis e um pouco as culturais e comportamentais, buscamos também dar o peso merecido às lutas operárias das cidades de Osasco (SP) e Contagem (MG), quase sempre esquecidas.

Sumário
Debate
1968 na mira
Marcelo Ridenti

Mundo
Que anos foram aqueles?
Emir Sader

Sociedade
Luta política e memória social
Jean Rodrigues Sales

Contagem
A história contada pelos protagonistas
Andréa Castello Branco

A cidade operária símbolo
Nilmário Miranda

Osasco
Movimento deixou raízes profundas
Marco Aurélio Weissheimer

Os mesmos ideais
Roque Aparecido da Silva

Movimento estudantil

A revolta mundial da juventude e o Brasil
Luís Antonio Groppo

UnB, o sonho
Paulo Speller

No Paraná, o ano que foi uma vida
José Carlos Zanetti

Música

Canção e poder: itinerários
Walnice Nogueira Galvão

Literatura

Ditadura e resistência na obra de Callado
Ligia Chiappini

Teatro

A força dos palcos
Izaías Almada

Cinema

A realidade brasileira na tela
Toni Venturi

Opinião

Distorções nas leituras de 1968
Alípio Freire